As escolas das comunidades de Baixo da Donana e Vila Mel, no município de Jucás, foram agraciadas com uma cisterna e um Sistema de Reúso e Tratamento de Águas Cinzas para a Produção de Alimentos, cada. O projeto é desenvolvido em parceria com Fundação Avina e Água Mineral AMA e está sendo executado pelo Instituto Elo Amigo.
Antônio Renato, Diretor da Escola Artur Alves Cabral, do Baixio da Donana, explica que a unidade passa por crise hídrica, e mesmo com um poço na comunidade, o consumo é inviável, pois a água é salobra. “A cisterna e o reúso de águas cinzas, ajudará a manter o sustento hídrico da escola e ajudará também na alimentação, já que poderemos produzir pequenos pomares com a tecnologia implantada”, frisa Renato.
A Escola Antônio José de Melo, na Vila Mel, também sofre com a escassez de água e é abastecida por carros-pipa e mesmo economizando água, acaba sendo afetada. A Diretora Alcione Palácio, relata que a demanda por água é grande e que a cisterna vai amenizar a situação. “Nós estamos passando pelo sexto ano de seca, e a escola acaba sendo prejudicada. Tanto a cisterna e o Sistema de Reúso, irá proporcionar melhorias para alunos e professores, que poderão mudar o cenário e viver melhor no semiárido”, esclarece Alcione.
Para a representante da AMBEV e Água Mineral AMA, Andrea Matsui, ficou feliz ao perceber que a ideia funcionou e que ajudará os alunos e núcleo gestor. “Uma felicidade enorme em inaugurarmos os projetos e lembro que a cada água mineral AMA vendida, todo lucro é destinado a projetos como esse”, relata Andrea.
Lucenir Gomes é Consultora da Fundação AVINA e também acreditou na inicia “Cada escola que a gente vai e vê o resultado, a gente acredita cada vez mais na iniciativa”, explana Lucenir.
A Prefeitura Municipal de Jucás, através da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, irá realizar a assessoria técnica e zelar para que as tecnologias possam garantir o abastecimento das escolas. “Nós estaremos preservando e assessorando para que as implementações sejam cuidadas da melhor forma possível”, afirma Cláudio Lavor, Sec. de Desenvolvimento Agrário de Jucás.
Mais de 100 pessoas, entre alunos, professores, diretores, familiares, parceiros e lideranças comunitárias, receberam capacitações em gerenciamento de recursos hídricos escolares, visando a apropriação da metodologia do projeto, que além do armazenamento e do reúso de águas cinzas, possam conviver no semiárido com maior segurança hídrica e alimentar.
Entenda:
Cisterna de 52.000 Litros
É feita com placas de cimento pré-moldadas e construídas ao lado das casas/escolas. A cisterna tem o formato cilíndrico, é coberta e fica semienterrada. O seu funcionamento prevê a captação de água da chuva aproveitando o telhado da escola, que escoa a água através de calhas. Trata-se de uma tecnologia simples, adaptada à região semiárida.
Sistema de Tratamento e Reúso de Águas Cinzas Para Produção de Alimentos
Utiliza toda a da lavagem das roupas, louça, do banho (menos do sanitário), para irrigar um quintal produtivo. A água, passa por uma caixa de gordura, um filtro biológico, e é armazenada em um tanque, de onde é bombeada para uma caixa elevada e após isso é distribuída na produção através de gotejamento.
Confira o vídeo aqui --> Video Cisternas nas Escolas
O Instituto Elo Amigo realizou, na própria sede, nesta última quarta-feira (31) uma reunião de monitoramento e gestão com associações beneficiárias do Projeto São José III. O Impacto nas comunidades têm sido significativo, já que o projeto beneficia, junto as associações, cerca de 238 famílias, compreendendo 1.752 pessoas, com investimento de R$ 6.233.668,81.
De acordo com Chrístian Arruda, Articulador Institucional do Elo Amigo, o Projeto São José III é uma empreitada social, produtiva e econômica, sem precedentes no Estado do Ceará, possibilitando o empoderamento local e fortalecendo o alicerce social das associações. “Mesmo com alguns percalços, dadas as questões burocráticas e legais, é uma grande iniciativa do Governo do Estado, que junto com organizações e movimentos sociais, como a FETRAECE, têm demonstrado a importância de se apoiar a agricultura familiar cearense”, frisa Arruda.
Francisco Ferreira da Silva é da Comunidade de São Miguel, em Mombaça e conta que a comunidade está motivada, já que está produzindo mais, após a chegada do Elo Amigo. “Nós estamos avançando muito, pois com a presença do Elo Amigo, houve um crescimento na produção de mel, aves e suínos. Isso devemos ao Instituto Elo Amigo”, explica Francisco.
Andreia Pereira faz parte da Associação dos Produtores de Bananas de Missão Velha, e relata que não havia perspectivas de como continuar a produção e que o Instituto Elo Amigo, chegou em boa hora. “Nós não sabíamos como continuar, pois não havia ninguém para ajudar e após a chegada do Elo Amigo, com as capacitações, orientações e visitas técnicas, o resultado começou aparecer e a gente começa a produzir melhor”, frisa Andréia.
O Coordenador Executivo do Instituto Elo Amigo, Marcos Jacinto, enaltece o Projeto São José III, já que os agricultores e agricultoras têm a oportunidade de investir em infraestrutura produtiva, beneficiamento e comercialização. “É um projeto que tem o potencial gigantesco, pois contribui para as atividades produtivas desenvolvidas pelas famílias que estão organizadas em associações e grupos produtivos.
Conforme o Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Elo Amigo, Marcos da Silva, a experiência de atuação do Elo Amigo no contexto do Projeto São José III tem servido de grande aprendizado e dado uma base para que se possa almejar novas e maiores iniciativas no sentido do acompanhamento e assessoria técnica aos agricultores familiares, sobretudo a expectativa frente ao São José IV. “Estamos vivenciando uma excelente articulação e parceria com as associações de agricultores e agricultoras com as quais estamos atuando, bem como uma ambiência favorável junto a FETRAECE, possibilitando cada vez mais contribuirmos para a sustentabilidade e o desenvolvimento produtivo rural cearense”, finaliza Silva.
Entenda:
O Projeto São José III é uma parceria do Governo do Estado com o Banco Mundial, que objetiva fortalecer processos de desenvolvimento produtivo rural e de beneficiamento, com associações no meio rural cearense. O Elo Amigo ganhou processos licitatórios de ATER – Assessoria Técnica e Extensão Rural, em 16 (dezesseis) associações que fazem parte dos municípios do Centro Sul Vale do Salgado, Cariri e Sertão Central, que são: Mombaça, Cariús, Icó, Mauriti, Missão Velha, Crato, Altaneira, Várzea Alegre e Barro. As associações são responsáveis por todo o processo de licitação, elaboração de contratos e pagamentos, de obras, veículos e equipamentos.
O Instituto Elo Amigo realizou, na própria sede, nesta última quarta-feira (31) uma reunião de monitoramento e gestão com associações beneficiárias do Projeto São José III. O Impacto nas comunidades têm sido significativo, já que o projeto beneficia, junto as associações, cerca de 238 famílias, compreendendo 1.752 pessoas, com investimento de R$ 6.233.668,81.
De acordo com Chrístian Arruda, Articulador Institucional do Elo Amigo, o Projeto São José III é uma empreitada social, produtiva e econômica, sem precedentes no Estado do Ceará, possibilitando o empoderamento local e fortalecendo o alicerce social das associações. “Mesmo com alguns percalços, dadas as questões burocráticas e legais, é uma grande iniciativa do Governo do Estado, que junto com organizações e movimentos sociais, como a FETRAECE, têm demonstrado a importância de se apoiar a agricultura familiar cearense”, frisa Arruda.
Francisco Ferreira da Silva é da Comunidade de São Miguel, em Mombaça e conta que a comunidade está motivada, já que está produzindo mais, após a chegada do Elo Amigo. “Nós estamos avançando muito, pois com a presença do Elo Amigo, houve um crescimento na produção de mel, aves e suínos. Isso devemos ao Instituto Elo Amigo”, explica Francisco.
Andreia Pereira faz parte da Associação dos Produtores de Bananas de Missão Velha, e relata que não havia perspectivas de como continuar a produção e que o Instituto Elo Amigo, chegou em boa hora. “Nós não sabíamos como continuar, pois não havia ninguém para ajudar e após a chegada do Elo Amigo, com as capacitações, orientações e visitas técnicas, o resultado começou aparecer e a gente começa a produzir melhor”, frisa Andréia.
O Coordenador Executivo do Instituto Elo Amigo, Marcos Jacinto, enaltece o Projeto São José III, já que os agricultores e agricultoras têm a oportunidade de investir em infraestrutura produtiva, beneficiamento e comercialização. “É um projeto que tem o potencial gigantesco, pois contribui para as atividades produtivas desenvolvidas pelas famílias que estão organizadas em associações e grupos produtivos.
Conforme o Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Elo Amigo, Marcos da Silva, a experiência de atuação do Elo Amigo no contexto do Projeto São José III tem servido de grande aprendizado e dado uma base para que se possa almejar novas e maiores iniciativas no sentido do acompanhamento e assessoria técnica aos agricultores familiares, sobretudo a expectativa frente ao São José IV. “Estamos vivenciando uma excelente articulação e parceria com as associações de agricultores e agricultoras com as quais estamos atuando, bem como uma ambiência favorável junto a FETRAECE, possibilitando cada vez mais contribuirmos para a sustentabilidade e o desenvolvimento produtivo rural cearense”, finaliza Silva.
Entenda:
O Projeto São José III é uma parceria do Governo do Estado com o Banco Mundial, que objetiva fortalecer processos de desenvolvimento produtivo rural e de beneficiamento, com associações no meio rural cearense. O Elo Amigo ganhou processos licitatórios de ATER – Assessoria Técnica e Extensão Rural, em 16 (dezesseis) associações que fazem parte dos municípios do Centro Sul Vale do Salgado, Cariri e Sertão Central, que são: Mombaça, Cariús, Icó, Mauriti, Missão Velha, Crato, Altaneira, Várzea Alegre e Barro. As associações são responsáveis por todo o processo de licitação, elaboração de contratos e pagamentos, de obras, veículos e equipamentos.
A capacitação foi realizada na última quinta e sexta-feira (18 e 20 de outubro), na Comunidade de Minador, envolvendo famílias de 9 comunidades de Jucás, e em Orós, no Sítio Pereiro dos Barbosas, envolvendo famílias de 5 comunidades. Intitulado como GAPA (Gestão de Água para Produção de Alimentos), tem como objetivo passar conhecimentos, para as famílias trabalharem de forma correta a água armazenada da cisterna, no arredor de casa, cuidados com a horta, plantas medicinais, o uso dos defensivos naturais, a fertilização do solo, etc.
Francisca Luzinete é da comunidade de Minador em Jucás e explica que a capacitação é bastante proveitosa, pois ajuda a evitar o desperdício de água. Ela pretende plantar hortaliças e criar aves. “A seca é comum em nossa região, e precisamos aprender a sobreviver com a seca. Eu pretendo plantar cebola, cheiro-verde, ervas medicinais e criar galinha, quando minha cisternas estiver pronta”, frisa Dona Luzinete.
Outra agricultora é a Joelma da Silva da comunidade de Pereiro dos Barbosas. Ela relata que a capacitação é uma forma de aprender tanto a economizar água quanto a produzir alimentos saudáveis. “Teremos frutas e legumes livres de agrotóxicos que nós mesmos produziremos. Eu não produzo porque as plantas morrem por falta de água, mas essa realidade irá mudar”, explica Joelma.
Um dos facilitadores do Instituto Elo Amigo, Thiago Barros explica que a GAPA é essencial para as famílias que estão recebendo as cisternas para produzir seus quintais produtivos. “É uma forma de mostrar as famílias, o passo a passo da construção das cisternas, as responsabilidades que elas têm, de tirar dúvidas sobre o projeto e também para unir a comunidade cada vez mais, para melhorias locais”, expõe Thiago.
Conforme o Coordenador Executivo do Instituto Elo Amigo, Marcos Jacinto, o projeto Quintais produtivos é uma forma de inserir as famílias agricultoras nos programas de convivência no semiárido para que elas possam ter acesso à água. “O Projeto Quintais Produtivos é uma importante ação entre as organizações da Sociedade Civil, através da ASA (Articulação do Semiárido Brasileiro), com o Governo do Estado. A GAPA é uma ação estratégica dentro do programa, pois é um primeiro contato das famílias sobre o programa, características, e tudo aquilo que está ligado a convivência no semiárido”, finaliza Jacinto.
A GAPA faz parte do Projeto Quintais Produtivos que beneficiará 150 famílias de cinco municípios do Centro Sul/Vale do Salgado do Ceará: Acopiara, Cariús, Jucás, Orós e Quixelô. O Projeto é financiado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Agrário e executada pelo Instituto Elo Amigo.
O PROJETO QUINTAIS PRODUTIVOS tem o objetivo de proporcionar o acesso à água para a produção de alimentos e/ou dessedentação animal à famílias de baixa renda e residentes na zona rural, por meio da implantação de cisternas de placas de 52.000 litros, com captação a partir de leito de ENXURRADAS, associada a capacitações técnicas e formação para a gestão da água. Com isso, espera-se que as famílias beneficiadas possam melhorar suas condições de vida, ampliando o acesso à água e contribuindo para a segurança alimentar e nutricional e a geração de renda a partir da comercialização de excedentes.
ENTENDA: Cisterna de Enxurrada
Tem capacidade para até 52 mil litros e é construída dentro da terra, ficando somente a cobertura de forma cônica acima da superfície. O terreno é usado como área de captação. Quando chove, a água escorre pela terra e antes de cair para a cisterna passa por duas pequenas caixas decantadoras, dispostas em sequência. Os canos instalados auxiliam o escoamento da água para dentro do reservatório. Com a função de filtrar areia e outros detritos que possam seguir com a água, os decantadores retêm esses resíduos para impedir o acúmulo no fundo da cisterna. A retirada da água é feita por uma bomba elétrica e jogada para um sistema de elevação (caixa d’agua) sendo distribuída por gravidade na plantação. A água estocada serve para criação de pequenos animais, cultivos de hortaliças, plantas medicinais e frutíferas.
A Assessora e Jornalista da ASA (Articulação do Semiárido Brasileiro), Juliana Lins Lira, esteve visitando as tecnologias sociais do Programa P1+2 executadas pelo Instituto Elo amigo nas Comunidades do Sítio Junco, Várzea de Fora e Carnaúba.
Juliana relata que a visita é uma das formas de garantir que as famílias estão recebendo de forma correta as tecnologias, além de conhecer e acompanhar de perto o trabalho realizado em campo. “Para nós, é importante, além de acompanhar a execução do projeto em si, ver o que os agricultores e agricultoras estão experimentando e construindo no semiárido. A minha avaliação é boa, pois quando a tecnologia funciona é sinal de uma boa estrutura”, frisa Juliana.
Além disso, nesta quarta (10) houve a última capacitação em GAPA (Gestão de Água para Produção de Alimentos) na comunidade de Carnaúbas, das famílias beneficiadas. A Agricultora Luciene Adeodato de Sousa recebeu a Cisterna de Enxurrada e pretende aumentar sua produção de aves. “As Capacitações são importantes, pois nos ajuda a melhorar o trabalho de plantações de hortas e a forma correta de irrigação sem desperdícios. Eu já tenho uma criação de galinhas e pretendo aumentar”, explica Dona Luciene.
Outro Agricultor é o Seu Francisco Manuel dos Santos, que também esteve na capacitação e pretende ampliar sua criação de suínos. “Além de conhecer pessoas novas, a gente sempre aprende um pouco mais. Eu tenho porcos e vou aumentar essa produção. A água da cisterna vai me ajudar a realizar a manutenção da pocilga”, relata Francisco.
O Coordenador de Projetos do Instituto Elo Amigo, Francisco Braz, explica que em Iguatu, já foram construídas 44 cisternas e 5 Barreiros-trincheira. “Nós estamos praticamente na metade das implementações na zona rural de Iguatu. Estamos avançando e pretendemos concluir o mais breve possível para que essas pessoas possam ter suas cisternas prontas para receber o inverno de 2019”, finaliza Braz.
Entenda
O Instituto Elo Amigo está executando o Projeto P1+2 nos municípios de Iguatu e Icó, e irá beneficiar 200 famílias agricultoras com a implementação de tecnologias para desenvolvimento de quintais produtivos e práticas agroecológicas. Ao todo, 200 tecnologias estão sendo construídas nas duas cidades. Cada município terá 51 cisternas-calçadão, 44 de enxurradas e 5 barreiros-trincheira. Um investimento de 2 milhões e 400 mil reais.
A Associação Comunitária dos Sítios Forquilha e Mandacaru, em Icó, realizaram nesta última sexta-feira, (21), um momento de celebração das conquistas recebidas, por ocasião do Projeto São José, onde foram contemplados com um galpão e vários equipamentos agrícolas, como trator, colhedeira, plantadeira, grade de arado e uma carreta basculante, através da parceria que conta com o financiamento do Banco Mundial e da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, onde o Instituto Elo Amigo realiza a Assessoria Técnica Qualificada aos participantes deste Projeto na Associação.
Forquilha e Mandacaru, foram selecionadas para apresentar bons resultados junto ao Banco Mundial, financiador e parceiro do Projeto São José III, possibilitando apoio ao desenvolvimento produtivo rural de mais de 290 associações em todo o Estado do Ceará. Neste sentido, a associação, que está sendo assessorada tecnicamente pelo Instituto Elo Amigo, conseguiu licitar seus processos de construções e compras de equipamentos.
José Ricardo é Técnico de Campo do Projeto São José III e relata que a Assessoria Técnica feita pelo Instituto Elo Amigo visa desenvolver a produção agropecuária e resgatar, em cada propriedade, o potencial produtivo. “Nós estamos fazendo, em parceria com agrônomos e veterinários, a identificação do ponto forte de produção da família, ou seja, ajudar a desenvolver o que ela melhor produz e assessorar para que os resultados sejam os melhores possíveis”, relata Ricardo.
A Presidente da Associação do Sítio Mandacaru, Fernanda Vicente de Sousa, disse que os equipamentos chagaram em boa hora e que serão beneficiados quase 80 famílias associadas e não associadas. “Serão 17 famílias associadas no Projeto e mais de 50 pessoas que não são associadas, mas que também poderão usar os equipamentos a baixo custo”, relata Fernanda.
Conforme o Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Elo Amigo, Marcos da Silva, para se obter um trabalho bem feito, é importante ir além do que se é predeterminado no Projeto. “Nós estamos assessorando, mas não nos restringimos apenas a isso e ajudamos com a parte de documentações, organizações e gestão para que o projeto possa alcançar maior êxito possível, tanto na Associação do Mandacaru, como em outras 15 Associações que estamos assessorando atualmente. Quem sabe, num futuro próximo, o Instituto Elo Amigo estará em outras comunidades e novas regiões através do Projeto São José”, finaliza Silva.
O morador do Sítio Conceição, Manuel Bonfim Silvestre, de 79 anos, faz parte da associação e está contente com os equipamentos, já que o trabalho braçal irá diminuir e os resultados serão obtidos com maior rapidez. “O que a gente demorava um mês pra fazer, com esse trator, colhedeira, plantadeira, a gente faz em um dia”, frisa Seu Manuel.
O Projeto São José III, visa apoiar o desenvolvimento rural no Estado do Ceará, possibilitando a melhoria de vida de agricultores e agricultoras familiares. Cerca de 320 mil reais foram investidos na construção do Galpão da Associação, Trator e equipamentos agrícolas. Atualmente o Instituto Elo Amigo tem prestado assessoria técnica em 16 Associações ligadas ao Projeto São José, em diversos municípios do Centro-Sul, Vale do Salgado e Cariri, tendo a Fetraece e a Rede Cearense de Ater como grandes parceiros nesta articulação.
O Instituto Elo Amigo em parceria com a Fundação Banco do Brasil e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará, implementou 70 tecnologias de Reúso de Águas Cinzas nas cidades de Acopiara, Crato, Jucás, Mauriti, Milagres e Orós.
O projeto tem como objetivo utilizar a água que a família usa no banho, nas lavagens de roupas e louças, para irrigar um quintal produtivo. A água passa por uma caixa de gordura e segue para um filtro biológico. Após isso, a água escoa para um tanque, é bombeada para uma caixa elevada, de onde finalmente é distribuída para a plantação através de gotejamento.
Conforme o Coordenador de Projetos do Instituto Elo Amigo, Claudenê Lima, as tecnologias são um marco e uma realidade que está gerando renda e sustentabilidade para as famílias atendidas pelo projeto. “Somente esse ano, já construímos 70 tecnologias. Somando as existentes, já chegamos ao total de 97 Sistemas de Reúso. Isso é um grande feito tanto na nossa instituição, quando na vida das famílias que agora produzem, se alimentam e vendem o excedente da produção, ampliando a renda familiar”, frisa Claudenê.
Um dos sistemas de reuso de águas cinzas está implantado na residência de Seu Edmilson Vieira da Silva de 75 anos e sua esposa Helena V. da Silva de 68 anos, no Sítio Bom Lugar, em Acopiara. Através do reúso, eles contam com água para produzir, em seu quintal, pimentinha, cheiro-verde, beterraba, acerola, maracujá, batata, tomate e outros. “Eu produzo tanto que ainda acabo doando aos meus filhos e amigos que precisam e que pedem”, finaliza seu Edmilson.