Resumo da Tecnologia
O sistema de tratamento e reúso de águas cinzas familiares para a produção de alimentos é uma tecnologia social inserida na proposta de construção de estratégias de convivência com a região semiárida. Ela proporciona às famílias agricultoras o tratamento biológico das águas cinzas utilizadas para posterior uso na agricultura. Com essa tecnologia as famílias ampliam a oferta de água em sua propriedade e produzem alimentos agroecológicos que melhoram sua segurança alimentar e nutricional, possibilitando a ampliação da renda através da comercialização dos produtos excedentes na própria comunidade, em feiras livres e através do fornecimento de produtos para os mercados institucionais.
Tema principal: recursos hídricos
Subtema: tratamento e purificação de água
Tema secundário: alimentação
Subtema: segurança alimentar
Problema
O crescimento econômico pregado pelo sistema capitalista e pela globalização, embutido na crença de progresso através da produção voltada exclusivamente para o lucro e o consumismo, impulsionou o uso desenfreado dos recursos naturais, acarretando grandes impactos negativos e predatórios ao meio ambiente e social, pelo excesso de lixo e pela disparidade na distribuição de renda, recursos e oportunidades.
Os problemas ambientais estão em evidência, acentuando a insustentabilidade da atual concepção de desenvolvimento, principalmente em regiões semiáridas onde características climáticas/ambientais, culturais e sociais são diferenciadas e necessitam de uma visão de sustentabilidade e de contextualização mais apuradas.
Surge daí a necessidade de criar alternativas que considerem variáveis de sustentabilidade para a viabilidade de vida animal, vegetal e humana. Há a necessidade de se mudar a visão de combate a seca para a implantação de ações de convivência com o semiárido, que contemplem o respeito aos saberes e a cultura das populações, a inserção de tecnologias adequadas e considerem as especificidades climáticas e sociais da região para seu pleno e sustentável desenvolvimento
Objetivo Geral
Ampliar a oferta de água e a capacidade de produção de alimentos junto a famílias agricultoras, assegurando maior segurança alimentar e nutricional e ampliando as condições de convivência digna com a realidade semiárida.
Objetivos específicos
1. Fortalecer a capacitação de famílias agricultoras voltada para as estratégias de convivência com o semiárido;
2. Ampliar as estratégias de cuidados ambientais por meio da reutilização das águas que possuem alto poder de poluição e que, geralmente, são lançadas "in natura" nos quintais das famílias residentes no meio rural;
3. Fomentar o intercâmbio de conhecimentos e experiências agroecológicas e de convivência com o semiárido entre famílias agricultoras;
4. Apoiar a conversão agroecológica dos sistemas de produção familiares e fortalecer a prática de uma assessoria técnica contínua dialogada e contextualizada com a realidade das famílias agricultoras;
5. Apoiar a geração de trabalho e renda por meio da comercialização agroecológica em feiras livres e através dos mercados institucionais (PAA e PNAE).
Descrição da tecnologia
O semiárido brasileiro possui uma área de 982.566 km² distribuídos em 1.135 municípios de nove estados brasileiros. O bioma predominante na região é a Caatinga, rico em espécies endêmicas, de clima seco e quente com chuvas irregulares no tempo e no espaço, apresentando precipitação pluviométrica anual média de 200 a 800 mm, tendo na irregularidade das chuvas, nas altas taxas de evaporação e em longos períodos de estiagem fatores que tornam a gestão eficiente da água fundamental para o desenvolvimento sustentável das populações.
No contexto de uma região semiárida, especialmente no momento onde a população sofre os reflexos de uma das maiores e mais extensas secas dos últimos cem anos, pensar em caminhos para enfrentar os problemas, requer antes de tudo fazer uma leitura deste contexto, dialogar com as famílias agricultoras que são os principais atores que vivenciam as dificuldades, e com os demais sujeitos sociais presentes no território, para juntos construir saídas e possibilidades.
As áreas rurais dos municípios situados na região semiárida são as mais afetadas e apresentam alto índice de insegurança hídrica, havendo agravamento da situação em épocas de estiagens prolongadas como a que está ocorrendo desde o ano de 2012. Por esse motivo as tecnologias sociais cumprem importante papel de armazenar água para o consumo humano, dessedentação animal e a produção de alimentos, de origem animal e vegetal. Nesse cenário se faz necessário a ampliação do apoio as famílias agricultoras com a oferta de ações que visem fortalecer suas experiências de convivência com o semiárido e ampliar suas capacidades de produzir alimentos saudáveis para a segurança alimentar e para a melhoria na renda familiar.
O Sistema de Tratamento e Reuso de Águas Cinzas Para Produção de Alimentos – Sis’água - é uma tecnologia que se insere no arcabouço de atividades voltadas para a construção de estratégias de convivência harmônica com o semiárido. Nesse contexto, apresenta-se como importante estratégia, pois é de baixo custo e fornece uma unidade de tratamento de água cinza que posteriormente será usada na produção de alimentos de alto valor nutricional para as famílias e os animais do quintal produtivo. Contribui também com o aprendizado a partir da prática de princípios agroecológicos, através do manejo do solo, da água, da agrobiodiversidade e da ciclagem de nutrientes (SANTIAGO. JALFIM. SILVA, 2015).
O sistema consiste num processo de filtragem por mecanismos de impedimento físico e biológico dos resíduos presentes nas águas cinzas e a matéria orgânica é biodegradada por microorganismos e minhocas. Com a digestão e absorção da matéria orgânica da água pelas minhocas ocorre a retirada de seus principais poluentes. (POBLETE, 2010).
O sistema desenvolvido pelo Instituto Elo Amigo é composto pelos seguintes componentes: convergência hidráulica das águas cinzas residenciais que possibilita juntar todos os pontos de águas cinzas utilizadas pela família e convergir para o sistema; filtro biológico composto por cinco camadas de elementos filtrantes: seixo rolado, pedra britada; areia lavada. pó de serragem/madeira e minhocas gigantes da califórnia juntamente com húmus processado; tanque de reuso que tem a finalidade de recepcionar as águas tratadas pelo filtro biológico; sistema de elevação formado por uma bomba elétrica de 0,5 cavalo de potência e uma caixa d'água elevada; sistema de irrigação que permite a família planejar, de acordo com sua necessidade e condição, a produção que irá desenvolver com a água fornecida pelo sistema e por outra/s tecnologia/s social/is que possua.
Contrapondo-se ao modelo de produção adotado na região e fruto do amadurecimento de décadas de trabalho dos movimentos sociais, comprometidos com o modelo de desenvolvimento e produção pautado na agroecologia, na socioeconomia solidária, na soberania e segurança alimentar e nutricional, nas relações igualitárias de gênero e com base na construção participativa e igualitária do conhecimento entre os envolvidos, busca-se desencadear um processo participativo de organização e fortalecimento produtivo das famílias em transição agroecológica. O uso dessa tecnologia é também influenciado por experiências em curso e a partir da atuação de projetos já executados, a exemplo do Programa Uma Terra e Duas Águas – P1+2, da Articulação Semiárido Brasileiro - ASA.
A tecnologia de tratamento e reuso de águas cinzas para a produção de alimentos está associada a ações de formação, assessoria técnica e intercâmbios de troca de experiências com o objetivo de aprofundar o debate e o conhecimento das pessoas acerca da proteção do meio ambiente e da necessidade de aperfeiçoar as ações voltadas para a sustentabilidade, ao mesmo tempo que fortalecer a capacidade produtiva das famílias focando a segurança alimentar e a geração de oportunidades de trabalho e renda através da comercialização dos produtos.
Resultados alcançados
A tecnologia tem se mostrado muito eficiente e em contribuído de forma significativa para a melhoria da qualidade de vida das famílias nos aspectos ambiental, social e econômico. Tais resultados são evidenciados a partir da compreensão da propriedade das famílias como um agroecossistema vivo, complexo e integrado onde todos os elementos estão interligados e suas relações geram maior sustentabilidade ao ambiente, criando melhores condições e integrando novas ações, com vista à superação dos desafios e de uma maior adaptabilidade a realidade semiárida.
Assim, os principais resultados aferidos e reconhecidos principalmente pelas famílias agricultoras são os seguintes:
- Ampliação da capacidade cognitiva das famílias que têm melhorado o manejo adequado da tecnologia e a atuação para a conversão agroecológica do sistema de produção familiar;
- Ampliação da oferta diária de água para as famílias, haja vista, que toda água usada nas atividades de limpeza da casa, na lavagem de roupas e na higiene pessoal é reaproveitada para irrigação dos quintais produtivos;
- possibilidade de produção de alimentos saudáveis no quintal da família;
- Maior segurança alimentar e nutricional das famílias com a oferta de alimentos saudáveis e produzidos por elas próprias;
- Melhoria da renda familiar através da comercialização da produção excedente em feiras livres e no mercado institucional do Programa de Aquisição de Alimentos - PAA e Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE;
- Maior adaptabilidade à realidade semiárida, garantindo mais estruturas de apoio a sustentabilidade do agroecossistema familiar.
- Diversificação de fontes de água que tem possibilitado economia na utilização das águas disponíveis para consumo humano.
- Diminuição nos índices de doenças nos animais criados pelas famílias e de saturação/salinização do solo, pois as águas servidas não são mais lançadas diretamente no ambiente.
Recursos materiais necessários para a construção de uma unidade
A tecnologia é construída por etapas e a relação do material necessário para a construção de cada etapa está descrito a seguir:
1. Convergência hidráulica:
Caixa de gordura DN 300 mm, redução de 40 mm x 50 mm - esgoto, joelho 50 mm – esgoto, Tê 50 mm – esgoto, cap 50 mm esgoto, redução esgoto de 100 mm x 50 mm, redução Solda , Tê de 32 mm PVC, joelhos de 32 mm PVC, cap 32 PVC, registro soldável de 32 mm, tubo de DN 50 de esgoto, tubo de DN 32 mm soldável, redução de 75 mm x 50 mm - esgosto, anel de vedação para tubo esgoto 75 mm, anel de vedação para tubo esgoto 50 mm.
2. Filtro biológico:
Areia média lavada, cimento portland Comum CP I-32, brita nº 1, seixo rolado, telha canal, arame Galvanizado, impermeabilizante líquido p/ concreto e argamassa, caibro de madeira, barrote de madeira, prego caibral, minhoca gigante da califórnia, húmus, raspa de madeira.
3. Tanque de reúso:
Areia média lavada, cimento portland Comum CP I-32, brita nº 1, arame Galvanizado, ferro 1/4" (6,35 mm), impermeabilizante líquido p/ concreto e argamassa.
4. Minhocário:
Areia média lavada, cimento portland Comum CP I-32, brita nº 1, arame Galvanizado, caibro de madeira, barrote de madeira.
5. Sistema de elevação e irrigação:
Eletrobomba monofásica 1/2 cv, caixa d'água, Arame farpado galvanizado, tela galvanizada do tipo galinheiro, disjuntor 16A, botão de gotejamento, mangueira de polietileno, registro, sementes de hortaliças, regador manual, sombrite, filtro para gotejadores, etc.
Valor total estimado para a implantação de uma unidade da tecnologia
O custo total incluindo os recursos materiais e humanos na implantação da uma unidade da tecnologia gira em torno de R$ 4.300,00 (quatro mil e trezentos reais).
Não estão inclusos no custo acima as despesas de capacitação das famílias, do intercâmbio, da assessoria técnica à implantação e ao processo produtivo das famílias e os demais custos institucionais envolvidos na execução.
Recursos humanos necessários para a implantação de uma unidade da tecnologia
Para a implantação de uma unidade do sistema é necessário o emprego dos seguintes serviços:
Mão-de-obra na escavação dos buracos onde serão construídos o filtro biológico e o tanque de reuso, mão-de-obra de pedreiro na construção dos elementos do sistema (filtro, tanque, minhocário), mão-de-obra na instalação da convergência hidráulica, do sistema de elevação e irrigação e do sistema elétrico.
Nos dias 28 e 29 de junho a equipe do Instituto Elo Amigo (IEA), que vai implementar aproximadamente 342 cisternas de 1ª Água com capacidade para 16 mil litros do Programa Um milhão de Cisternas para o Semiárido (P1MC) e financiado pela Fundação Banco do Brasil (FBB), esteve realizando mais uma formação com agircultores em Gestão de Recursos Hídricos (GRH), atividade parte do processo para adquirir a cisterna.
Segundo o educador técnico do Elo Amigo, Ângelo Silva, já foram realizadas cinco formações de GRH, que mobilizou 40 comunidades e envolveu em média 180 famílias da área rural de Quixadá.
O educador ainda destaca que a mobilização esta no meio do caminho ainda porque ainda vai acontecer mais cinco formações para fechar o montante de 342 famílias e para isso a participação da Comissão Municipal das Cisternas de Quixadá e de líderes comunitários como o Seu Aroldo do sítio Juá, tem sido fundamental.
“A participação das comunidades no processo de formação que é uma das etapas para receber a cisterna e saber como cuidar da água para beber tem conseguido conscientizar as pessoas na importância dos cuidados com a água e com a cisterna em si, aqui no Quixadá as tecnologias de convivência com o semiárido vão fazer muita diferença na vida das pessoas porque falta água de verdade”, disse Silva.
Leia Também:
Famílias de Saboeiro ganham formação e cisterna de Primeira Água da P1MC, FBB e Elo Amigo
Fotos: Claudio Sampaio
Neste mês de junho, os municípios de Ipaumirim, Baixio, Umari, Icó e Iguatu recebem a visita das Agentes de Orientação Empresarial (AOEs) pelo projeto Negocio a Negócio do Sebrae via parceria com o Instituto Elo Amigo, para ações de atendimento, diagnóstico e proposições à gestão junto aos microempreendedores individuais (MEIs) e microempresas (MEs) destes municípios.
Além das visitas, na última terça-feira, 13/06, a equipe responsável pelo projeto no Elo Amigo e sua coordenação, se reuniram com os profissionais do Sebrae-Iguatu para dialogar sobre o andamento das visitas, seus resultados e possibilidades de apoios extras que podem ser dadas pelo Sebrae junto aos MEIs e MEs.
A ideia é que a parceria entre Sebrae e Elo Amigo, venham se fortalecer e possibilitar cada vez mais o trabalho de assessoria já realizado, sendo que os primeiros resultados já foram obtidos com o agendamento de cursos nas cidades de Icó e Iguatu neste mês.
Após esta reunião, os AOEs retornam ao contato com as empresas já visitadas, realizando a segunda etapa para devolutiva e orientação na gestão das mesmas, estimando ainda este mês de junho seja fechado o ciclo de visitas nos 35 empreendimentos dos municípios de Ipaumirim, Baixio e Umari, Icó e em Iguatu, observando que estes dois últimos municípios ainda vão receber outras visitas por ter um número maior de MEIs e MEs a serem atendidos.
Iguatu: Curso Gestão Financeira na Medida, 19 a 23/06, 18h às 22h, na sede do Sebrae em Iguatu, investimento R$ 90,00, no boleto ou cartão em 2 vezes. Treinamento ‘Diálogos Empresariais’ sobre Gestão de Conflitos em 27/06 e Análise do Ambiente Externo em 28/06, 18h às 21h, na sede do Sebrae em Iguatu, investimento R$ 60,00, no boleto ou cartão em 2 vezes.
Maiores informações: (88) 3581-1864.
Icó: Oficina Sei Comprar, 23/06, 13h às 17h, no Auditório da Faculdade Vale do Salgado, acesso gratuito. Informações (88) 3561-1806.
Quer receber assessoria?: Se você é um MEI ou ME e deseja a assessoria do Programa Negócio a Negócio em sua empresa, entre em contato com o Instituto Elo Amigo pelo telefone (88) 2143.0724 ou pelo e-mail:
Para além da atual crise econômica de nosso país, a sobrevivência dos pequenos empreendimentos sempre foi um desafio. Pensando nisso no último mês de maio o Instituto Elo Amigo realizou visitas de orientação empresarial para 50 microempreendimentos individuais (MEI) e microempresas (ME).
As visitas ocorrem no contexto do Programa Negócio a Negócio do Sebrae o qual, através de uma parceria local, o Elo Amigo executa em 18 municípios de abrangência da regional do Sebrae de Iguatu.
Cada MEI ou ME passa por um ciclo de duas visitas, sendo a primeira para análise, avaliação e diagnóstico do empreendimento e a segunda para a proposição de soluções de gestão como cursos, planilhas ou outros instrumentos que colaborem com o gerenciamento destes empreendimentos.
Como meta, a parceria entre o Elo Amigo e o Sebrae prevê a realização da assessoria para 700 microempreendimentos individuais e microempresas, com duas visitas em cada MEI ou ME, nos 18 municípios de atuação do Sebrae de Iguatu, com previsão de execução até outubro deste ano.
Desde o mês de março o Instituto Elo Amigo (IEA) vem mobilizando mais de 60 comunidades da cidade de Saboeiro/Ce, para receberem cisternas de Primeira Água. As atividades da instituição mobilizaram mais de 194 famílias que receberam formação de Gerenciamento de Recursos Hídrico (GRH) que aconteceram nas comunidades rurais da Lagoa de Dentro, Aroeira Ferrada, Alto da Espera, Cruzeta, Lagoa dos Marinheiros e Cachoeira Grande.
A demanda identificada pelo Fórum Cearense Pela Vida no Semiárido (FCVSA) e confirmada pela Comissão Municipal das Cisternas de Saboeiro, vai beneficiar 194 famílias que vão receber uma cisterna de Primeira Água do Programa Um Milhão de Cisternas para o Semiárido (P1MC) com capacidade de 16 mil litros d'água, construídas com recursos da Fundação Banco do Brasil (FBB) e realizado na localidade pelo Elo Amigo.
As formações de GRH que aconteceram em março, abril e maio deste ano, surpreenderam os participantes e mostrou que o pouco de cuidado com água faz muita diferença. “Nunca pensei que poderia economizar tanta água fazendo tão pouco. Pensava que qualquer água serviria para beber, mas tudo precisa de cuidado e aprendi bem sobre isso nessas aulas que o Elo Amigo me deu”, destaca Teresinha Pereira do sítio Lagoa das Porteiras.
Além da formação com as famílias o Elo Amigo também fez uma formação com os pedreiros que aconteceu na comunidade Lagoa de Dentro e contou com a participação de 20 trabalhadores. A atividade com eles garante a qualidade da cisterna, evita desperdício e manter o alinhamento deles com a política do IEA e da convivência com o semiárido e as famílias. “Essa formação com os pedreiros têm nos fortalecido bastante, mostra a eles e as comunidades beneficiadas que o Elo Amigo é uma entidade seria, e nós garante a qualidade do produto final”, comentou o educador técnico, Ângelo Silva.
Para o coordenador de projetos do IEA que está a frente dessa atividade no Saboeiro, Francisco Braz, cada momento é importante para as famílias que estão recebendo cisternas de água para beber, para garantir a saúde e melhoria na qualidade de suas vidas. Francisco destacou a rapidez das construções que já passa dos 50% e espera que até a matade do mês de junho todas as cisternas estejam prontas e matando a cede das famílias. “Nossa equipe não tem medido esforços para garantir água para as 194 famílias beneficiadas, com poucas chuvas e a escarces de água para beber no reservatório do Ceará, a cisterna com 16 mil litros de água garante a segurança hídrica dessas famílias”, afirmou Braz.
Leia também:
Formação de GRH movimenta beneficiários da P1MC na área rural de Quixadá
Imagens da formação na Lagoa de Dentro e Aroeira Ferrada no dia 30/03
Imagens da formação na Lagoa dos Marinheiros e Cachoeira Grande no dia 05/05
Nos períodos de 24 a 28/05, na capital paraibana, João Pessoa, a Rede da Comunidade de Aprendizagem de Futebol para o desenvolvimento esteve realizando seu encontro nacional que acontece duas vezes ao ano. Do estado do Ceará duas entidades representam a rede, a Central Única das Favela (CUFA) e Instituto Elo Amigo (IEA).
O evento começou com uma roda de conversa sobre as atividades das instituições e contou com a presença da secretaria-executiva, Street football world (SFW), que é mantenedora da rede que facilitou a participação de parceiros locais na atividade.
O Elo Amigo esteve participando com uma das coordenadoras do Projeto Esporte e Juventude, Vildilene Moura que apresentou os resultados positivos do projeto que aconteceu em 2016 a partir da parceria do IEA com a Prefeitura de Iguatu,CE e Secretaria de Ação Social que atuou diretamente com 150 crianças e adolescentes, acompanhadas pelos Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). Além de citar o projeto, Moura, destacou ações pontuais na comunidade da Vila Centenário e no sítio Bravo e da participação na capacitação do “Manual de Futebol para o Desenvolvimento, impressões e desafios”, que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro no final de março e contou com participação da educadora esportiva do IEA, Erika Saraiva.
Capitação de recursos
As entidades seguiram o evento debateram o uso responsável e transparente do “Fundo Solidário” e na sequência aconteceu uma palestra com a holandesa representante da Concern Universal no Brasil, Angela Bright, que apresentou dicas de editais sobre capitação de recursos internacionais.
Comunicação popular
Na sequência da programação a conversa foi com a subeditora do G1 da Paraíba, Aline Oliveira, que disse se agradar muito da comunicação popular e a empresa que trabalha tem ouvido bastante esses setores de comunicação alternativo e pautado eles, reforçou que as entidades e movimentos do terceiro setor tem muita abertura para noticiar suas atividades e fazer parcerias junto a grande imprensa.
Intercâmbio
O encontro oportunizou muitas trocas de experiências, as várias metodologias apresentadas por educadores, visitas a entidades locais como ao Projeto Beira da Linha, que atua no Alto do Mateus e atende cerca de 150 crianças e adolescentes e uma visita a Vila Olímpica Paraíba, no Bairro dos Estados que é um equipamento público que oferece a prática esportiva a toda comunidade.
No sábado, 27/05, aconteceu na comunidade rural de Umburana a avaliação e encerramento da implementação de 25 unidades do Projeto de Reúso de Águas Cinzas em várias localidades rurais do Iguatu/CE, financiado pela Fundação Banco do Brasil e realizado pelo Instituto Elo Amigo (IEA).
O momento contou com a participação das 25 famílias beneficiadas com a tecnologia que se reuniram na igreja da Umburana, visitaram uma unidade de uns dos beneficiarios já produzindo e falaram da experiência vivida com o projeto e como é no dia-a-dia a rotina da manutenção com filtro e do minhocario que foi mostrado nas capacitações e intercâmbios.
Para a beneficiaria e moradora da Umburana, Marinete Inácio Ferreira, o Elo Amigo foi corajoso em trazer esse projeto para as famílias nesse momento ruim da política brasileira que exclui agricultores. “Só tenho que agradecer ao povo do Elo Amigo que buscaram o projeto para nós, nos levaram pra conhecer a unidade lá de Quixeramobim, e que vem ensinando a gente a cuidar da água desde a construção das nossas cisternas de Primeira e Segunda Água. Acredito que falo por todos, muito obrigado a cada pessoa que faz o Elo Amigo e a Fundação do Banco do Brasil”, falou Marinete.
O coordenador do Projeto Reúso do IEA, Francisco Braz, disse que essa primeira iniciativa do Elo Amigo com o reúso foi desafiador por ser uma nova tecnologia de convivência com o semiárido no Ceará, durante sua implementação visitaram outras experiências fora do estado e pela avaliação das famílias beneficiadas o projeto conseguiu atingir seu objetivo que é reutilizar quase 40% da água que antes iria para o esgoto e poluir o meio ambiente. “Na avaliação as famílias apontaram algumas poucas modificações técnicas que sempre são visualizadas durante a implementação do projeto, altura da barraca onde fica o humos e cobertura das laterais da unidade que devem ser consideradas na próxima remessa de unidades de reúso”, disse Francisco.
A atividade também contou com a participação de parceiros da Secretaria de Agricultura e Pecuária (SEAP), Rozieldo Oliveira e da professora do Instituto Federal do Ceará de Iguatu (IFCE), Eliani Coelho, que selecionou 11 produtores para serem beneficiados com a tecnologia de umidade e o pirotec (aguador desenvolvido com cano de pirulito) para serem implementadas pelo Time Enactus nos quintais produtivos. “Vamos implementar uma tecnologia que economiza muita água e essa parceria IFCE, SEAP e Elo Amigo vem se fortalecendo e trazendo benefícios para os produtores da agricultura familiar”, afirmou Eliane.
The importance of family agriculture in the semi-arid region is unquestionable by civil society organizations and for some governments, therefore, it was held on Tuesday morning, May 23, at the headquarters of the Elo Amigo Institute (IEA), meeting with the Secretariat of the Agriculture and Livestock of Iguatu (SEAP). The moment had the participation of technicians of both intuitions to strengthen and broaden the dialogue and actions of the two institutions.
The IEA executive coordinator, Marcos Jacinto, welcomed and presented the activities of the institution, highlighted the coexistence with the semi-arid region, youth, rural technical assistance among others. Jacinto emphasized that it is important for the population of Iguatu to approach with the secretary of agriculture. "I believe that Amigo Elo working together with the agriculture department will generate positive results for the population of Iguatu that will benefit from our activities, as has happened in other municipalities that we have made a similar partnership," said the coordinator.
SEAP Secretary Hildernando Barreto responded positively to the partnership being formalized and highlighted the municipality's commitment to support the rural worker, hopes to strengthen Family Agriculture and consequently facilitate the farmers to obtain a better quality of life and expansion of Its production with the knowledge that the partnership will make available.
The two entities agreed to develop actions that should begin later this month and consists of mapping families, chains and productive groups, developing projects and planning for a district fair.
The president of the IEA, Marcos da Silva, was present and highlighted the satisfaction with the perspective of the partnership that is born with the aligned vision that aims at valuing life.