O Instituto Elo Amigo realizou, na própria sede, nesta última quarta-feira (31) uma reunião de monitoramento e gestão com associações beneficiárias do Projeto São José III. O Impacto nas comunidades têm sido significativo, já que o projeto beneficia, junto as associações, cerca de 238 famílias, compreendendo 1.752 pessoas, com investimento de R$ 6.233.668,81.
De acordo com Chrístian Arruda, Articulador Institucional do Elo Amigo, o Projeto São José III é uma empreitada social, produtiva e econômica, sem precedentes no Estado do Ceará, possibilitando o empoderamento local e fortalecendo o alicerce social das associações. “Mesmo com alguns percalços, dadas as questões burocráticas e legais, é uma grande iniciativa do Governo do Estado, que junto com organizações e movimentos sociais, como a FETRAECE, têm demonstrado a importância de se apoiar a agricultura familiar cearense”, frisa Arruda.
Francisco Ferreira da Silva é da Comunidade de São Miguel, em Mombaça e conta que a comunidade está motivada, já que está produzindo mais, após a chegada do Elo Amigo. “Nós estamos avançando muito, pois com a presença do Elo Amigo, houve um crescimento na produção de mel, aves e suínos. Isso devemos ao Instituto Elo Amigo”, explica Francisco.
Andreia Pereira faz parte da Associação dos Produtores de Bananas de Missão Velha, e relata que não havia perspectivas de como continuar a produção e que o Instituto Elo Amigo, chegou em boa hora. “Nós não sabíamos como continuar, pois não havia ninguém para ajudar e após a chegada do Elo Amigo, com as capacitações, orientações e visitas técnicas, o resultado começou aparecer e a gente começa a produzir melhor”, frisa Andréia.
O Coordenador Executivo do Instituto Elo Amigo, Marcos Jacinto, enaltece o Projeto São José III, já que os agricultores e agricultoras têm a oportunidade de investir em infraestrutura produtiva, beneficiamento e comercialização. “É um projeto que tem o potencial gigantesco, pois contribui para as atividades produtivas desenvolvidas pelas famílias que estão organizadas em associações e grupos produtivos.
Conforme o Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Elo Amigo, Marcos da Silva, a experiência de atuação do Elo Amigo no contexto do Projeto São José III tem servido de grande aprendizado e dado uma base para que se possa almejar novas e maiores iniciativas no sentido do acompanhamento e assessoria técnica aos agricultores familiares, sobretudo a expectativa frente ao São José IV. “Estamos vivenciando uma excelente articulação e parceria com as associações de agricultores e agricultoras com as quais estamos atuando, bem como uma ambiência favorável junto a FETRAECE, possibilitando cada vez mais contribuirmos para a sustentabilidade e o desenvolvimento produtivo rural cearense”, finaliza Silva.
Entenda:
O Projeto São José III é uma parceria do Governo do Estado com o Banco Mundial, que objetiva fortalecer processos de desenvolvimento produtivo rural e de beneficiamento, com associações no meio rural cearense. O Elo Amigo ganhou processos licitatórios de ATER – Assessoria Técnica e Extensão Rural, em 16 (dezesseis) associações que fazem parte dos municípios do Centro Sul Vale do Salgado, Cariri e Sertão Central, que são: Mombaça, Cariús, Icó, Mauriti, Missão Velha, Crato, Altaneira, Várzea Alegre e Barro. As associações são responsáveis por todo o processo de licitação, elaboração de contratos e pagamentos, de obras, veículos e equipamentos.
A capacitação foi realizada na última quinta e sexta-feira (18 e 20 de outubro), na Comunidade de Minador, envolvendo famílias de 9 comunidades de Jucás, e em Orós, no Sítio Pereiro dos Barbosas, envolvendo famílias de 5 comunidades. Intitulado como GAPA (Gestão de Água para Produção de Alimentos), tem como objetivo passar conhecimentos, para as famílias trabalharem de forma correta a água armazenada da cisterna, no arredor de casa, cuidados com a horta, plantas medicinais, o uso dos defensivos naturais, a fertilização do solo, etc.
Francisca Luzinete é da comunidade de Minador em Jucás e explica que a capacitação é bastante proveitosa, pois ajuda a evitar o desperdício de água. Ela pretende plantar hortaliças e criar aves. “A seca é comum em nossa região, e precisamos aprender a sobreviver com a seca. Eu pretendo plantar cebola, cheiro-verde, ervas medicinais e criar galinha, quando minha cisternas estiver pronta”, frisa Dona Luzinete.
Outra agricultora é a Joelma da Silva da comunidade de Pereiro dos Barbosas. Ela relata que a capacitação é uma forma de aprender tanto a economizar água quanto a produzir alimentos saudáveis. “Teremos frutas e legumes livres de agrotóxicos que nós mesmos produziremos. Eu não produzo porque as plantas morrem por falta de água, mas essa realidade irá mudar”, explica Joelma.
Um dos facilitadores do Instituto Elo Amigo, Thiago Barros explica que a GAPA é essencial para as famílias que estão recebendo as cisternas para produzir seus quintais produtivos. “É uma forma de mostrar as famílias, o passo a passo da construção das cisternas, as responsabilidades que elas têm, de tirar dúvidas sobre o projeto e também para unir a comunidade cada vez mais, para melhorias locais”, expõe Thiago.
Conforme o Coordenador Executivo do Instituto Elo Amigo, Marcos Jacinto, o projeto Quintais produtivos é uma forma de inserir as famílias agricultoras nos programas de convivência no semiárido para que elas possam ter acesso à água. “O Projeto Quintais Produtivos é uma importante ação entre as organizações da Sociedade Civil, através da ASA (Articulação do Semiárido Brasileiro), com o Governo do Estado. A GAPA é uma ação estratégica dentro do programa, pois é um primeiro contato das famílias sobre o programa, características, e tudo aquilo que está ligado a convivência no semiárido”, finaliza Jacinto.
A GAPA faz parte do Projeto Quintais Produtivos que beneficiará 150 famílias de cinco municípios do Centro Sul/Vale do Salgado do Ceará: Acopiara, Cariús, Jucás, Orós e Quixelô. O Projeto é financiado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Agrário e executada pelo Instituto Elo Amigo.
O PROJETO QUINTAIS PRODUTIVOS tem o objetivo de proporcionar o acesso à água para a produção de alimentos e/ou dessedentação animal à famílias de baixa renda e residentes na zona rural, por meio da implantação de cisternas de placas de 52.000 litros, com captação a partir de leito de ENXURRADAS, associada a capacitações técnicas e formação para a gestão da água. Com isso, espera-se que as famílias beneficiadas possam melhorar suas condições de vida, ampliando o acesso à água e contribuindo para a segurança alimentar e nutricional e a geração de renda a partir da comercialização de excedentes.
ENTENDA: Cisterna de Enxurrada
Tem capacidade para até 52 mil litros e é construída dentro da terra, ficando somente a cobertura de forma cônica acima da superfície. O terreno é usado como área de captação. Quando chove, a água escorre pela terra e antes de cair para a cisterna passa por duas pequenas caixas decantadoras, dispostas em sequência. Os canos instalados auxiliam o escoamento da água para dentro do reservatório. Com a função de filtrar areia e outros detritos que possam seguir com a água, os decantadores retêm esses resíduos para impedir o acúmulo no fundo da cisterna. A retirada da água é feita por uma bomba elétrica e jogada para um sistema de elevação (caixa d’agua) sendo distribuída por gravidade na plantação. A água estocada serve para criação de pequenos animais, cultivos de hortaliças, plantas medicinais e frutíferas.
A Assessora e Jornalista da ASA (Articulação do Semiárido Brasileiro), Juliana Lins Lira, esteve visitando as tecnologias sociais do Programa P1+2 executadas pelo Instituto Elo amigo nas Comunidades do Sítio Junco, Várzea de Fora e Carnaúba.
Juliana relata que a visita é uma das formas de garantir que as famílias estão recebendo de forma correta as tecnologias, além de conhecer e acompanhar de perto o trabalho realizado em campo. “Para nós, é importante, além de acompanhar a execução do projeto em si, ver o que os agricultores e agricultoras estão experimentando e construindo no semiárido. A minha avaliação é boa, pois quando a tecnologia funciona é sinal de uma boa estrutura”, frisa Juliana.
Além disso, nesta quarta (10) houve a última capacitação em GAPA (Gestão de Água para Produção de Alimentos) na comunidade de Carnaúbas, das famílias beneficiadas. A Agricultora Luciene Adeodato de Sousa recebeu a Cisterna de Enxurrada e pretende aumentar sua produção de aves. “As Capacitações são importantes, pois nos ajuda a melhorar o trabalho de plantações de hortas e a forma correta de irrigação sem desperdícios. Eu já tenho uma criação de galinhas e pretendo aumentar”, explica Dona Luciene.
Outro Agricultor é o Seu Francisco Manuel dos Santos, que também esteve na capacitação e pretende ampliar sua criação de suínos. “Além de conhecer pessoas novas, a gente sempre aprende um pouco mais. Eu tenho porcos e vou aumentar essa produção. A água da cisterna vai me ajudar a realizar a manutenção da pocilga”, relata Francisco.
O Coordenador de Projetos do Instituto Elo Amigo, Francisco Braz, explica que em Iguatu, já foram construídas 44 cisternas e 5 Barreiros-trincheira. “Nós estamos praticamente na metade das implementações na zona rural de Iguatu. Estamos avançando e pretendemos concluir o mais breve possível para que essas pessoas possam ter suas cisternas prontas para receber o inverno de 2019”, finaliza Braz.
Entenda
O Instituto Elo Amigo está executando o Projeto P1+2 nos municípios de Iguatu e Icó, e irá beneficiar 200 famílias agricultoras com a implementação de tecnologias para desenvolvimento de quintais produtivos e práticas agroecológicas. Ao todo, 200 tecnologias estão sendo construídas nas duas cidades. Cada município terá 51 cisternas-calçadão, 44 de enxurradas e 5 barreiros-trincheira. Um investimento de 2 milhões e 400 mil reais.
A Associação Comunitária dos Sítios Forquilha e Mandacaru, em Icó, realizaram nesta última sexta-feira, (21), um momento de celebração das conquistas recebidas, por ocasião do Projeto São José, onde foram contemplados com um galpão e vários equipamentos agrícolas, como trator, colhedeira, plantadeira, grade de arado e uma carreta basculante, através da parceria que conta com o financiamento do Banco Mundial e da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, onde o Instituto Elo Amigo realiza a Assessoria Técnica Qualificada aos participantes deste Projeto na Associação.
Forquilha e Mandacaru, foram selecionadas para apresentar bons resultados junto ao Banco Mundial, financiador e parceiro do Projeto São José III, possibilitando apoio ao desenvolvimento produtivo rural de mais de 290 associações em todo o Estado do Ceará. Neste sentido, a associação, que está sendo assessorada tecnicamente pelo Instituto Elo Amigo, conseguiu licitar seus processos de construções e compras de equipamentos.
José Ricardo é Técnico de Campo do Projeto São José III e relata que a Assessoria Técnica feita pelo Instituto Elo Amigo visa desenvolver a produção agropecuária e resgatar, em cada propriedade, o potencial produtivo. “Nós estamos fazendo, em parceria com agrônomos e veterinários, a identificação do ponto forte de produção da família, ou seja, ajudar a desenvolver o que ela melhor produz e assessorar para que os resultados sejam os melhores possíveis”, relata Ricardo.
A Presidente da Associação do Sítio Mandacaru, Fernanda Vicente de Sousa, disse que os equipamentos chagaram em boa hora e que serão beneficiados quase 80 famílias associadas e não associadas. “Serão 17 famílias associadas no Projeto e mais de 50 pessoas que não são associadas, mas que também poderão usar os equipamentos a baixo custo”, relata Fernanda.
Conforme o Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Elo Amigo, Marcos da Silva, para se obter um trabalho bem feito, é importante ir além do que se é predeterminado no Projeto. “Nós estamos assessorando, mas não nos restringimos apenas a isso e ajudamos com a parte de documentações, organizações e gestão para que o projeto possa alcançar maior êxito possível, tanto na Associação do Mandacaru, como em outras 15 Associações que estamos assessorando atualmente. Quem sabe, num futuro próximo, o Instituto Elo Amigo estará em outras comunidades e novas regiões através do Projeto São José”, finaliza Silva.
O morador do Sítio Conceição, Manuel Bonfim Silvestre, de 79 anos, faz parte da associação e está contente com os equipamentos, já que o trabalho braçal irá diminuir e os resultados serão obtidos com maior rapidez. “O que a gente demorava um mês pra fazer, com esse trator, colhedeira, plantadeira, a gente faz em um dia”, frisa Seu Manuel.
O Projeto São José III, visa apoiar o desenvolvimento rural no Estado do Ceará, possibilitando a melhoria de vida de agricultores e agricultoras familiares. Cerca de 320 mil reais foram investidos na construção do Galpão da Associação, Trator e equipamentos agrícolas. Atualmente o Instituto Elo Amigo tem prestado assessoria técnica em 16 Associações ligadas ao Projeto São José, em diversos municípios do Centro-Sul, Vale do Salgado e Cariri, tendo a Fetraece e a Rede Cearense de Ater como grandes parceiros nesta articulação.
O encerramento aconteceu no mês de agosto, na Sede do Sindicato dos Trabalhadores(as) Rurais Agricultores(as) Familiares de Orós, envolvendo cerca de 40 pessoas, entre agricultores familiares atendidos e entidades parceiras, como a Prefeitura Municipal de Orós, Ematerce e Sindicato Rural.
Durante o evento, houve avaliação com os presentes sobre o processo de construção das tecnologias, dificuldades enfrentadas e sugestões de melhorias para novos projetos e o debate sobre a importância do mesmo para a produção sustentável de alimentos e geração de renda das 30 famílias que receberam a implementação em suas propriedades nas 14 comunidades do município de Orós.
Conforme o Coordenador de Projetos do Instituto Elo Amigo, Claudenê Lima, o momento foi de grande importância, pois o seminário marca uma jornada de conquistas e desafios. “Pudemos realizar uma avaliação de todo o processo de desenvolvimento do projeto e planejamento das ações de assessoria técnica que garantirá maior empoderamento no processo de produção a partir da água cinza, e tenho certeza que as famílias estão aptas para realizar o manejo de seus quintais produtivos”, afirma Claudenê.
Nesta etapa do Projeto de Reúso de Águas Cinzas para a Produção de Alimentos, foram construídas 30 tecnologias em um prazo de dez meses e financiado pela Fundação Banco do Brasil e executado pelo Instituto Elo Amigo. Mais de 260 mil reais foram investidos nas implementações.
O Instituto Elo Amigo em parceria com a Fundação Banco do Brasil e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará, implementou 70 tecnologias de Reúso de Águas Cinzas nas cidades de Acopiara, Crato, Jucás, Mauriti, Milagres e Orós.
O projeto tem como objetivo utilizar a água que a família usa no banho, nas lavagens de roupas e louças, para irrigar um quintal produtivo. A água passa por uma caixa de gordura e segue para um filtro biológico. Após isso, a água escoa para um tanque, é bombeada para uma caixa elevada, de onde finalmente é distribuída para a plantação através de gotejamento.
Conforme o Coordenador de Projetos do Instituto Elo Amigo, Claudenê Lima, as tecnologias são um marco e uma realidade que está gerando renda e sustentabilidade para as famílias atendidas pelo projeto. “Somente esse ano, já construímos 70 tecnologias. Somando as existentes, já chegamos ao total de 97 Sistemas de Reúso. Isso é um grande feito tanto na nossa instituição, quando na vida das famílias que agora produzem, se alimentam e vendem o excedente da produção, ampliando a renda familiar”, frisa Claudenê.
Um dos sistemas de reuso de águas cinzas está implantado na residência de Seu Edmilson Vieira da Silva de 75 anos e sua esposa Helena V. da Silva de 68 anos, no Sítio Bom Lugar, em Acopiara. Através do reúso, eles contam com água para produzir, em seu quintal, pimentinha, cheiro-verde, beterraba, acerola, maracujá, batata, tomate e outros. “Eu produzo tanto que ainda acabo doando aos meus filhos e amigos que precisam e que pedem”, finaliza seu Edmilson.
No mês de agosto, o INSTITUTO ELO AMIGO, realizou capacitação em Sistema Simplificado de Manejo de Água (SISMA) com 23 famílias agricultoras das comunidade de Várzea de Fora e Junco, do município de Iguatu, que receberão a cisterna de produção, também conhecida como cisterna de segunda água, do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2).
O curso faz parte das ações realizadas dentro do P1+2 e tem como objetivo trocar saberes com as famílias sobre o manejo das cisternas, tanto de primeira como de segunda água, agricultura familiar, produção agroecológica, uso dos defensivos naturais, e muito mais, em parceria com a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), financiado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
Para o agricultor César Carlos Braz, a capacitação é uma forma de aprendizagem e preparo para que a água seja utilizada de maneira eficiente e correta, evitando desperdícios. ”Eu já penso em produzir frutas e hortaliças no meu quintal”, Finaliza César.
O Coordenador de Projetos Francisco Braz, explica que o momento é importante para que as famílias possam ficar aptas para a produção de alimentos. “Já estamos trabalhando com essas famílias há algum tempo, e esse é o momento em que elas estarão em condições de receber o projeto produtivo” finaliza Braz.
O Instituto Elo Amigo está executando o Projeto P1+2 nos municípios de Iguatu e Icó, e irá beneficiar 200 famílias agricultoras com a implementação de tecnologias para desenvolvimento de quintais produtivos e práticas agroecológicas. Ao todo, 200 tecnologias estão sendo construídas nas duas cidades. Cada município terá 51 cisternas-calçadão, 44 de enxurradas e 5 barreiros-trincheira. Um investimento de 2 milhões e 400 mil reais.
Aconteceu nessa sexta-feira (31), na sala de treinamentos do Sebrae de Iguatu, a apresentação do Projeto QUINTAIS PRODUTIVOS MANTIDOS POR CISTERNAS DE ENXURRADA, executado pelo Instituto Elo Amigo, que beneficiará 150 famílias das cinco municípios do Centro Sul/Vale do Salgado do Ceará: Acopiara, Cariús, Jucás, Orós e Quixelô.
O PROJETO QUINTAIS PRODUTIVOS tem o objetivo de proporcionar o acesso à água para a produção de alimentos e/ou dessedentação animal, à famílias de baixa renda e residentes na zona rural, por meio da implantação de cisternas de placas de 52.000 litros, com captação a partir de leito de ENXURRADAS, associada a capacitações técnicas e formação para a gestão da água. Com isso, espera-se que as famílias beneficiadas possam melhorar suas condições de vida, ampliando o acesso à água e contribuindo para a segurança alimentar e nutricional e a geração de renda a partir da comercialização de excedentes.
A programação contou com café da manhã, apresentações de outros projetos que o Instituto Elo Amigo executa, trabalho em grupo e o diálogo sobre o papel e atribuições das comissões, famílias e comissões municipais. Representantes dos Municípios de Acopiara, Orós, Jucás, Cariús, e Quixelô, e entidades como o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Federação das Associações, Secretarias de Agricultura, Igreja Católica, Ematerce, e outros, estiveram promovendo o diálogo sobre a importância dos programas e políticas de convivência com o semiárido.
O representante do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Orós, Pedro Bezerra do Nascimento, conhecido por Edmir, relata que as comissões municipais, têm a missão de identificar as famílias que precisam e que trabalharão na intenção de produzir alimentos. “Não adianta a gente indicar as tecnologias em residências onde as famílias não precisam, ou não produzem. A tecnologia é para produzir, sustentar a família, e não permanecer como um enfeite na propriedade”, enfatiza Edmir.
Charles Alves Pinheiro é Técnico da Secretaria de Agricultura de Cariús e explica que o Projeto QUINTAIS PRODUTIVOS, apoiará as famílias agricultoras na produção de alimentos. “Eu vejo como uma oportunidade para a família que não tem acesso as inovações tecnológicas, além de uma eficiência maior no uso da água e do solo, trazendo rentabilidade e sustento para a família e consequentemente à comunidade”, disse Charles.
O Coordenador do Projeto Quintais Produtivos, Ednaldo Alves, avalia o encontro como positivo, já que todos os objetivos foram alcançados. “Nós conseguimos atender a demanda, que era ter um alinhamento dos programas de convivência do semiárido, como também detalharmos o que é o Projeto Quintais Produtivos para os presentes”, finaliza Ednaldo.
O Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Elo Amigo, Marcos da Silva, explica que o momento é importante para debater sobre o projeto, através do diálogo com representantes locais e da região. “As Comissões têm o domínio e entendimento sobre a realidade de cada município que será atendido. Estamos satisfeitos pela aprovação de todos, pois além da quantidade de representantes, temos o primordial, que é a qualidade dos mesmos”, explica Silva.
O Projeto será financiado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Agrário e executada pelo Instituto Elo.
ENTENDA: Cisterna de Enxurrada
Tem capacidade para até 52 mil litros e é construída dentro da terra, ficando somente a cobertura de forma cônica acima da superfície. O terreno é usado como área de captação. Quando chove, a água escorre pela terra e antes de cair para a cisterna passa por duas ou três pequenas caixas decantadoras, dispostas em sequência. Os canos instalados auxiliam o escoamento da água para dentro do reservatório. Com a função de filtrar areia e outros detritos que possam seguir com a água, os decantadores retêm esses resíduos para impedir o acúmulo no fundo da cisterna.
A retirada da água é feita por uma bomba elétrica. A água estocada serve para criação de pequenos animais, cultivos de hortaliças, plantas medicinais e frutíferas.