Construção de cisternas vem diminuindo nos últimos anos
O coordenador Executivo do Instituto Elo Amigo, Marcos Jacinto concedeu entrevista em reportagem vinculada no Jornal Nacional da rede Globo de Televisão na última segunda-feira, 06 de dezembro, representando a ASA - Articulação do Semiárido Brasileiro.
A pauta tratava das dificuldades enfrentadas por famílias em comunidades rurais e sobre e redução por parte do governo federal, na contrução das cisternas nos últimos anos.
https://globoplay.globo.com/v/10105245/
O jornal noticiou ainda a campanha #TenhoSede (https://www.tenhosede.org.br/), da ASA, que visa construir com mais um milhão de cisternas no Semiárido do Brasil.
*A ASA é uma rede formada por cerca de três mil organizações da sociedade civil que atuam na gestão e no desenvolvimento de políticas de convivência com a região semiárida.
Coordenado pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Governo do Ceará, o Projeto Paulo Freire passou a ser considerado como a quarta iniciativa com a melhor classificação no ranking de desempenho no portfólio global do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida). A informação foi divulgada pela agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), sediada em Roma, responsável por 280 projetos em 120 países.
O Projeto de Desenvolvimento Produtivo e de Capacidades – Projeto Paulo Freire (PPF), iniciado em 2013, é uma política pública do Governo do Ceará e do Fida com a atuação de assessoria técnica contínua com fomento produtivo em 600 comunidades rurais, atendendo 23.766 famílias, totalizando 90.310 agricultores em 31 municípios. Por meio do projeto a SDA ao longo dos últimos anos atua para reduzir a pobreza e elevar o padrão de vida de agricultores familiares, com investimento de US$ 80 milhões.
“Alegra-nos que a missão de supervisão confirmou os significativos avanços do PPF na sua implementação, apesar do cenário desafiador com a pandemia do Covid-19, de modo a garantir a plena implementação do PPF até o fim deste ano, que é a data de encerramento do PPF”, destacou a Diretora Regional Divisão da América Latina e Caribe do FIDA, Rossana Polastri.
Em dezembro de 2020, o PPF já havia sido classificado pelo Fida entre os dez projetos mais exitosos em todo o mundo. Quase um ano depois, a coordenadora do Projeto, Íris Tavares, renova a satisfação dos resultados alcançados.
“É momento para celebrarmos, pois, o sentimento não consegue expressar o que isso significa na vida concreta dos homens e mulheres do campo. O governador Camilo Santana se enche de alegria e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário enxerga com enorme responsabilidade o dever de executar este programa, garantindo a superação da extrema pobreza rural em 31 municípios cearenses”, destacou o secretário da SDA, De Assis Diniz.
Hoje com 99% já concluído, o PPF tem sua previsão de encerramento até 31 de dezembro deste ano. A Fida e a SDA realizarão ainda uma missão de apoio em 2022, com o fechamento financeiro em 30 de junho de 2022.
Fonte: Governo do Ceará
Representantes dos cinco grupos de jovens que já desenvolvem atividades nas comunidades rurais no município de Orós, e que agora fazem parte do Juventudes Em Ação, estiveram reunidos na última quinta-feira, 18/11, no primeiro encontro municipal do projeto. Lá foram apresentadas as atividades de cada grupo com atuação na área de cultura, esporte, lazer, entre outras.
O momento faz parte da segunda fase da mais recente iniciativa social do Instituto Elo Amigo, uma parceria com IICA, FIDA, Projeto Paulo Freire e SDA. Cerca de 30 jovens trocaram experiências, ideias, expuseram seus desafios e conquistas nas comunidades de Sítio Jurema, Sítio Cidade, Santarém, Palestina e Vila Guassussê, todas na cidade de Orós/CE. O evento aconteceu nas dependências do projeto Sertão Vivo, Sítio Aroeiras, daquele município e contou a colaboração do músico, cantor e compositor Zé Vicente, que animou e comandou a parte lúdica do dia.
Esperançosos com muitos planos e sonhos, os jovens puderam apresentar os caminhos que pretendem seguir e no que o Juventudes Em Ação irá ajudá-los na concretização dos mesmos. Sendo assim, já foi possível perceber, por exemplo, que no grupo formado apenas por mulheres que praticam futebol e desenvolvem trabalhos voluntários na comunidade de Palestina, os integrantes almejam a realização de um torneio esportivo proporcionando a comercialização de comidas e bebidas contribuindo com o desenvolvimento econômico dos moradores durante a competição.
Na cultura foi apresentada a ideia de desenvolver um resgate da arte do Teatro em Guassussê, com a capacitação de jovens na prática teatral e musical, em seguida a realização de uma encenação de obras tendo como base a história da própria comunidade.
Um grupo ligado aos movimentos religiosos tem como desejo realizar uma Festa de Réveillon, algo que segundo os moradores não existe no Sítio Jurema, com isso pretendem atingir os jovens e familiares para comemorarem a data na própria localidade.
As ações práticas de cada grupo de jovens estão sendo analisadas pela coordenação do projeto Juventudes Em Ação juntamente com os representantes dos grupos, para posterior auxílio técnico e/ou financeiro.
A cidade de Orós-CE, deverá acolher a realização do primeiro encontro municipal do projeto Juventudes em Ação, do Elo Amigo, já na próxima quinta-feira 18/11. Com uma programação voltada aos grupos que serão beneficiados com as atividades do projeto, o evento deve ocorrer na localidade de Aroeiras (nas dependências do projeto Sertão Vivo), a partir das 07 horas da manhã.
Esse será o primeiro momento de interação, apresentação dos grupos de jovens, e promoção de troca de experiências e debates quanto aos desafios, avanços e perspectivas em cada área de atuação dos mesmos.
Cada grupo naquele município visitado, deverá definir as capacitações e ações pontuais que pretendem implementar nas comunidades rurais. Após o diagnóstico dos grupos, que foi realizado na primeira etapa do projeto, os educadores sociais juntamente com a equipe presente irão ouvir as dificuldades e necessidades em cada localidade, para assim definirem o plano de curso das próximas etapas do Juventudes em Ação.
Os encontros municipais seguem ainda na região Centro Sul do Ceará no dia 20/11 na cidade de Acopiara, em 26/11 com os jovens das cidades de Assaré e Antonina do Norte, e no dia 27/11 com os grupos de Tarrafas, já na região do Cariri Oeste.
A equipe coordenadora do projeto Juventudes em Ação do Instituto Elo Amigo – parceria com IICA, FIDA, Projeto Paulo Freire e SDA, esteve reunida nessa terça-feira, 09/11, na sede do Elo Amigo, em Iguatu-CE, para explanar os avanços na articulação, identificação e sistematização dos grupos de jovens rurais nos cincos municípios de abrangência do projeto.
Estiveram presentes na reunião o Coordenador Executivo do Elo Amigo Marcos Jacinto, o Educador Social Francisco Braz, o Auxiliar Administrativo James Richardson, a Educadora Social Rosângela Sousa, e a Comunicadora Daniela Lima.
A reunião serviu ainda para traçar os encaminhamentos dos encontros municipais que devem ocorrer ainda este mês de novembro de 2021. Lá foram sugeridas datas que serão confirmadas com os grupos nas comunidades, bem como, esquematizada toda a programação do evento que deve reunir mais de 150 jovens.
Orós, Acopiara, Assaré, Tarrafas e Antonina do Norte devem acolher representações de: grupo formado só por mulheres que praticam esporte e desenvolvem ações voluntárias; grupo que promove a conscientização ambiental; grupo de produção audiovisual, entre outras atividades coletivas que envolvem mais de 300 jovens que vivem na zona rural desses municípios.
O momento encerra a primeira etapa do projeto que deverá prosseguir com capacitações, encontros regionais e elaboração de ações práticas em prol da juventude rural tendo a mesma como protagonista.
O Instituto Elo Amigo participou nessa sexta-feira (05/11) de um importante momento promovido pelo Projeto São José através da Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará, o seminário “Metodologias de Reuso de Águas”. O evento virtual teve sua programação iniciada em 26 de outubro e encerrou em 05 de novembro de 2021.
O coordenador Executivo do Elo Amigo, Marcos Jacinto, esteve representando a ASA e contribuiu com a apresentação do sistema de reuso implementado pelas organizações sociais do Fórum Cearense Pela Vida no Semiárido, incluindo o próprio Elo Amigo, que trabalha com Sistema de Reuso desde 2017.
Na ocasião, representantes do Projeto São José, SDA, Ematerce, Secretaria das Cidades, organizações sociais, e técnicos de todo o Ceará discutiram sobre a produção de hortaliças, tratamento de esgoto doméstico, reuso de águas cinzas, reuso para irrigação, e inovações tecnológicas de sistema de reuso, dentre outros assuntos.
A oportunidade apresentou os sistemas e as experiências das instituições atuantes no Estado do Ceará em projetos de inovações e convivência com o semiárido.
A prática da agricultura teve início a partir das mulheres, ao perceberem, por acaso, que as sementes lançadas na terra germinavam e davam origem a novas plantas, as quais garantiam alimento de origem vegetal. Isto ainda no período neolítico, há mais de 12 mil anos.
No passar dos séculos, a prática foi sendo aprimorada por comunidades camponesas tradicionais, que são pioneiras na produção de alimentos para auto consumo nos territórios, criando toda uma diversidade ancestral em torno da culinária, que varia em cada região do mundo. À medida que a população mundial foi crescendo, a demanda por alimentos foi aumentando também. A ciência, por sua vez, passou a buscar desenvolver tecnologias que garantissem a produção de alimentos em maior escala.
As estratégias adotadas para atender a essa realidade, no entanto, na maior parte do mundo, foram oriundas do modelo capitalista, onde há concentração dos meios de produção. Assim, a produção de alimentos em larga escala foi sendo viabilizada pelos países, mas com isso se instaurando também a concentração de terra e água, a exploração da mão de obra humana e a desigualdade social.
As sementes não escaparam a essa conjuntura. Com vistas a imprimir um ritmo de produção mais acelerado para gerar lucros e não apenas saciar a fome da população, os agrotóxicos chegaram às lavouras, depois de terem sido criados e experimentados durante a primeira e segunda guerras mundiais, no século XX. Nessa mesma lógica, registrou-se investimentos em estudos para o chamado melhoramento genético das sementes, o que interfere no processo natural de garantia da existência das espécies nativas cultivadas pelas famílias camponesas, indígenas, quilombolas, etc ao longo das gerações.
Transgenia - Quando se fala em Convivência com o Semiárido brasileiro, assim como o acesso à água e à terra, o uso da biodiversidade está no centro das estratégias, trazendo, portanto, as sementes, sejam vegetais ou animais, para este lugar de centralidade, lembra Luciano Silveira, integrante da AS-PTA, entidade que faz parte ASA. Trata-se de “um patrimônio genético que vem de uma história, de gerações de cultivo de uma enorme biodiversidade e conhecimentos associados que vem de gerações a gerações sendo conservadas por essas populações que vivem no Semiárido”, contextualiza.
A mudança genética ou processo de transgenia consiste em incorporar material como vírus ou bactéria de uma espécie em outra, com a finalidade de implantar novas características, a exemplo da resistência a fenômenos naturais como a seca. Já se sabe que essa ação contamina as espécies nativas, mas quem se beneficia com essas alterações?
Quem detém as patentes das tecnologias para realizar esse tipo de pesquisa são empresas multinacionais, as quais aplicam os altos investimentos em espécies geralmente produzidas em larga escala com finalidade de exportação, gerando lucro apenas para esses poucos grupos empresariais que passaram a dominar a chamada indústria alimentícia no mundo.
Esse processo de modificação de sementes sob o argumento de garantir melhores condições de produção causou grande impacto nas comunidades tradicionais que mantinham a tradição da produção de alimentos saudáveis. Por volta da década de 1970, por exemplo, relembra Luciano, o coronelismo que predominava no Semiárido chegava a usar a semente, assim como a água, para manter relações clientelistas e de subordinação.
Este testemunho também é dado pelo agricultor Euzébio Cavalcanti, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Remígio (PB), que conta que, após um trabalho de formação feito por organizações da sociedade civil, teve início a construção das redes de bancos comunitários de sementes, com vistas a proteger a maior diversidade e variedade de espécies possíveis.
O agricultor destaca que o milho tem sido a semente que mais contamina e por isso é dada uma atenção maior a ela. De acordo com a pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Paola Cortez, “a contaminação de sementes crioulas de milho por transgênicos é um problema muito grave que vem se alastrando em vários países do mundo (…), essa contaminação acaba descaracterizando essas sementes quanto a alguns atributos que são essenciais” para garantir sua longevidade e diferentes usos. A contaminação interrompe esse ciclo, segundo Paola.
No Brasil, “a gente não tem medidas e normas claras de proteção ou de mitigação aos efeitos da contaminação”, isso faz com que as/os agricultores/as inclusive adquiram facilmente sementes contaminadas e as insiram em seus territórios, muitas vezes sem ter conhecimento dos prejuízos que isto causa à perda da biodiversidade, constata a pesquisadora.
Ela reforça que as sementes crioulas são patrimônios materiais e imateriais dos/das agricultores/as, estão diretamente ligadas à cultura destas pessoas, mas também é um patrimônio estratégico para a humanidade. A afirmação da colaboradora da Embrapa só reafirma o que pensa Euzébio Cavalcanti: “as sementes crioulas, elas dependem de nós e nós dependemos delas”.
Enfrentamento - As sementes nativas são chamadas de crioulas. Na Paraíba, elas recebem também o nome de Sementes da Paixão, cuja origem desta nomenclatura é contada por Euzébio: “Seu Dodô, um agricultor do médio sertão, ele disse: o governo pode distribuir a semente que ele quiser, a semente que eu tenho lá em casa, que é adaptada à minha região, eu tenho paixão por ela”. Assim, desde 2003, as sementes nativas foram batizadas também de Sementes da Paixão.
No Semiárido, diversas experiências têm sido desenvolvidas há décadas, buscando preservar e proteger as sementes tradicionais. O trabalho das Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s) e de sindicatos foi fundamental para estimular as comunidades a se organizarem em torno disso, reconhecem Luciano Silveira e Euzébio Cavalcanti.
“Além dos estoques tradicionais que as famílias já conservavam das suas sementes crioulas, as comunidades de base estimularam (…) estoques coletivos que permitissem que as famílias se libertassem da dependência das sementes fornecidas muitas vezes pelo poder local”, rememora Luciano.
No Pólo Sindical da Borborema, no semiárido paraibano, surgiram redes de bancos comunitários de sementes, as quais vêm se fortalecendo ao longo dos anos, com apoio de organizações como a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e chegando a propor políticas públicas voltadas para o tema. Hoje a região produz, dentre outros alimentos, o cuscuz da paixão, fubá produzido a partir de milho crioulo cultivado nos territórios.
“Nós temos várias comunidades aqui que são livres de transgênicos, são protegidas, todas as famílias plantam a mesma variedade e praticamente um vigia o outro pra não deixar nenhuma semente estranha chegar nessa comunidade”, relata Euzébio. Ele também demarca: “nossa luta atual é pra que nos conselhos municipais de desenvolvimento rural sustentável não distribuam milho que não seja da nossa região, estamos brigando para que as prefeituras comecem comprar milho agora para estocar (...), porque o milho é nossa maior preocupação hoje, ele é quem contamina”.
A Paraíba segue com a campanha “Não planto transgênico pra não apagar minha história”, assim como outra mais recente intitulada “Multiplique sementes crioulas: conserve memórias no mundo”, lançada no último dia 15 pelo Centro de Apoio Cultural (Centrac).
Em outros estados do Semiárido a defesa das sementes crioulas também acontece a partir de diversas ações protagonizadas pelos movimentos sociais e organizações de apoio. Assim como o problema da transgenia é mundial, o enfrentamento também é. Atualmente, o México, onde há uma predominância no consumo e cultivo de inúmeras variedades de milho, trabalha a campanha “Sin maíz no hay país” (cuja tradução é “sem milho não há país), evidenciando a ameaça a soberania alimentar dos povos e lutando pela defesa das sementes livres de modificação genética.
Para Luciano, da AS-PTA, na década de 1960, 1970, a disputa era com os grandes coronéis, hoje são com as grandes corporações “que dominam o mercado de sementes e de produção de alimentos no mundo”. Para tanto, é preciso um enfrentamento que junte forças para além das famílias e movimentos sociais, mas que envolva toda a sociedade, considerando os aspectos culturais, mas também ambientais, econômicos e políticos que estão imbricados.
Conquistas - A partir das diversas experiências de conservação e preservação das sementes crioulas, a pressão social realizada pela sociedade civil organizada provocou o lançamento do Programa Sementes do Semiárido, em 2015, durante o governo Dilma Roussef (PT). Mais de mil casas e bancos comunitários foram beneficiados, aproximadamente 20 mil famílias contempladas, cita Luciano.
O Programa foi executado pela ASA e estimulou a autogestão no processo de estoque de sementes nativas, intensificando, inclusive, o debate acerca da autonomia das/dos agricultores/as familiares na conservação da genética frente ao processo de dominação do mercado dos transgênicos.
Outro aspecto bastante positivo nessa trajetória, foi a aproximação de organizações como a ASA com a Embrapa, o que tem rendido estudos, pesquisas e projetos voltados para a valorização das sementes crioulas. Esta parceria tem garantindo, inclusive, ações como análises, ensaios comparativos para identificar índices de contaminação e implantação de campos de multiplicação das sementes nativas em diversos estados do Semiárido, a exemplo do que foi viabilizado nos últimos anos, por meio do projeto Agrobiodiversidade no Semiárido, que é parte do Programa Inova Social da referida empresa pública de pesquisa.
O estado do Rio Grande do Norte apresenta também uma experiência bastante exitosa no campo das políticas públicas. Dentro do programa do governo de Fátima Bezerra (PT) consta o trabalho de compra e distribuição de sementes, “o maior programa de distribuição de semente no Brasil”, afirma o secretário estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Alexandre Lima.
Em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e com diversas parcerias, a exemplo da ASA, famílias agricultoras fornecem e recebem sementes crioulas com o objetivo de preservarem as espécies. Segundo Alexandre, o Programa é fruto, inclusive, do Programa Sementes executado pela ASA.
No início deste ano, foi aprovada a Politica Estadual de Sementes Crioulas (Lei nº 10.852/21) que trata também de mudas nativas. Com recursos próprios, o estado estabeleceu a meta de distribuição de 96 toneladas de sementes, com um investimento total de um milhão de reais, incluindo sementes de feijão, milho, fava, arroz vermelho, sorgo forrageiro e gergelim, totalizando 17 variedades destas.
No período de 2020/2021 o número total de famílias beneficiadas já foi de 4.773. Para o secretário estadual, contudo, pesquisas feitas no estado têm apontado o desafio da contaminação como um entrave ao programa. A avaliação de eventos de transgenia a partir de 27 amostras constatou que 63% destas estavam contaminadas e apenas 37% livre de transgenia.
Ao celebrar esse avanço no estado, Alexandre reconhece a importância da parceria com a ASA, Emater e os movimentos sociais e reforça: “Sem a parceria com a ASA e os movimentos sociais, o programa não aconteceria aqui”.
*Com informações da Articulação do Semiárido Brasileiro / ASA.
Como parte das ações de mapeamento dos grupos de jovens existentes nas regiões Centro Sul e Cariri Oeste, a equipe do projeto Juventudes em Ação, do Instituto Elo Amigo, em parceria com IICA, FIDA, Projeto Paulo Freire e a SDA, vem realizando reuniões de apresentação do projeto aos movimentos rurais nos cinco municípios de abrangência da iniciativa social.
Em algumas comunidades, os educadores sociais foram pessoalmente conhecer a realidade de cada grupo, suas habilidades e desafios. Em algumas localidades, as reuniões foram feitas de modo virtual, sempre com a presença de representantes e integrantes dos grupos que estejam em plena atividade ou até aqueles que tiveram uma pausa nas ações por conta do período pandêmico atual.
Nesses primeiros momentos será possível identificar a peculiaridade de cada grupo de jovens. Com esse processo ainda em curso, muitas histórias serão contadas ao longo da primeira etapa do projeto “Juventudes em Ação” pelo desenvolvimento popular na zona rural.
Encontro realizado com jovens na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Antonina do Norte-CE com representantes das comunidades de Várzea Nova e Espírito Santo:
Reunião na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Assaré-CE com representantes de algumas comunidades rurais:
Encontro com representantes de algumas comunidade rurais de Tarrafas-CE:
Encontro realizado com jovens e lideranças comunitárias na Vila Caixa, Acopiara-CE:
Reunião virtual realizada com jovens da comunidade de Jurema, em Orós-CE: