Nos dias 02,05 e 09 de agosto, a equipe do Elo Amigo se reuniu com as comunidades de Quixoá, Vila Centenário e Gadelha, respectivamente para realizarem um seminário de lançamento e apresentação do projeto vencedoras. O intuito destes seminários é fazer com que a população tenha acesso às informações e contribua com a divulgação e a mobilização das jovens para se inscreverem no programa. Passada essa etapa foi aberto um período de inscrição para posterior seleção das jovens que melhor integram o perfil desejado do programa.

Nesta ultima quinta-feira (dia 18), teve inicio o processo de seleção das jovens que serão capacitadas pelo projeto Mulheres em Campo pela Cidadania – Vencedoras. A sede da Associação dos Moradores da Vila Centenário foi o local onde as meninas passaram por uma avaliação por meio de trabalhos em grupos as educadoras examinaram o comportamento e atitudes das jovens.

Na apresentação as jovens expuseram suas perspectiva com o projeto Vencedoras e falaram um pouco dos sonhos para o futuro. A pesar da timidez, deixaram claro que vieram com objetivos de aprender, adquirir informação, aumentar o circulo de amizade e quem sabe garantir um lugar no mercado de trabalho. Muitas consideram que essa é uma oportunidade de recuperar o tempo perdido e crescer profissionalmente.

Diante das habilidades identificadas, as jovens serão avaliadas e selecionadas para fazerem parte de um grupo de mulheres que querem mudar suas vidas através da educação e do conhecimento.

Após o processo seletivo as jovens participarão de uma avaliação inicial de suas habilidades chamado Base Line (Linha de Base), após isso, iniciará a fase de qualificação no período de 01 e 02 de setembro.

O Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antônio Conselheiro – CDDH-AC com e o Instituto Elo Amigo – IEA realizaram nesta sexta e sábado (12 e 13), o encontro das Comissões Municipais no município de Senador Pompeu Ce.

A reunião teve como tema principal a segurança e insegurança hídrica no semiárido e facilitador das discussões o coordenador do P1+2 pela Cáritas Regional Alessandro Nunes. O encontro contou com a participação de membros de STTRs, Pedreiros de cisterna de placa, instituições do Fórum Microrregional Pela Vida no Semiárido de Iguatu, beneficiários do P1MC e membros de Comissões Municipais de 13 municípios do FMVSA-Iguatu.

O coordenador em exercício do CDDH-AC o Sr. Ananias Alves fez a acolhida dando as boas vindas aos participantes relembrando a importância da união das pessoas para se fazer um bom trabalho. Na seqüência os participantes se apresentaram e socializaram os problemas enfrentados em cada região.

Alessandro Nunes relembrou um pouco da historia da ASA, seu surgimento e papel no contexto do semiárido brasileiro, destacando lutas e conquistas. Para complementar a explanação, explicou o que é e como se classifica uma região semiárida e por fim trouxe um pouco sobre as suas riquezas culturais e as negações de direitos como a reforma agrária que nunca aconteceu, tema fortemente discutido no P1+2 que deixa de beneficiar algumas famílias por não terem acesso a terra.

Um outro ponto foi que agricultores deixam de praticar a agroecologia por não terem acesso ás informações de manejo com a terra de maneira sustentável e a falta de um acompanhamento técnico adequado por algumas instituições. A preocupação na formação dos técnicos e agrônomos deve ser direcionada para a agricultura familiar e desestruturar o conceito de agronegócio que é imposto pelas faculdades.

A importância na estocagem de sementes crioulas, que é superior as sementes distribuídas pelo governo, foi outro ponto discutido pelos participantes. A presença de casa de sementes nas comunidades fortalece o envolvimento das pessoas na valorização cultural e na responsabilidade ambiental.

Os participantes foram divididos em cinco grupos para debaterem e depois socializarem o papel das comissões municipais, da sociedade civil e do poder público junto às comunidades agricultoras que vivem no semiárido.

O grupo também avaliou a metodologia do P1MC e P1+2 na ótica dos seguintes componentes: mobilização, formação, construção e encontros de avaliação. Com a discussão foi identificada a necessidade de uma RE-CAPACITAÇÃO de pedreiros(as), um momento de reciclagem dos conhecimentos, troca de experiências com outros pedreiros e uma abertura maior na participação dos Fóruns, valorizando assim quem trabalha diretamente com as famílias; A discussão trouxe o problema da falta da areia na construção das cisternas de 16 mil litros que é a contrapartida da família beneficiada. Os participantes viram que a contrapartida das famílias já é muito alta e o material para construção deveria ser completo.

No segundo dia os participantes visitaram a comunidade de Católe que fica a 10 km de Senador Pompeu. Na comunidade tiveram a oportunidade de conhecer a UD (unidade demonstrativa) do Biodigestor e a mandala. Acompanhados pelo técnico da comunidade tiraram muitas duvidas e curiosidades e no retorno ao local do encontro, realizou-se uma avaliação das metodologias aplicadas e estrutura para a realização do evento.