Nos dias 27 e 28 de março, agricultores(as) das comunidades do Balão e Serrote Verde no município de Piquet Carneiro, participaram de um intercâmbio nas comunidades de Riacho do Meio e Baixa Verde, nos municípios de Cariús e Saboeiro respectivamente. Foi uma oportunidade para que as famílias beneficiadas pelo Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), conhecessem as tecnologias sociais de captação e armazenamento de água já em fase de produção. O Intercâmbio é uma das etapas do processo de capacitação das famílias. Com muito entusiasmo e alegria todos tiveram a oportunidade de trocar as ricas experiências adquiridas na prática quotidiana de convivência com o semiárido, esse momento intensificou o propósito do programa que não se limita apenas a construção de cisternas, mas na conscientização dos agricultores(as) em adotar prática de convivência com o semiárido, diminuindo as agressões ao meio ambiente. Além da produção na cisterna calçadão, os visitantes conheceram casa de sementes, farmácia viva e o sistema agroflorestal. Mais do que uma nova experiência, os moradores das comunidades de Balão e Serrote Verde voltaram para suas casas mais fortalecidos e prontos para por em pratica tudo o que aprenderam com os novos amigos que fizeram neste intercâmbio. “Fomos bem recebidos, vimos muitas coisas plantadas. Na agrofloresta é muito importante conhecer a variedade de platas, quero difundir o que vi aqui”. Resume dona Neta.
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Na última sexta, 23 de março foi realizado a cerimônia de certificação das jovens capacitadas pelo Projeto Mulheres em Campo pela Cidadania/Vencedoras, momento festivo que serviu não apenas para entrega de certificados, mas para celebrar com toda a Equipe do Elo Amigo as conquistas alcançadas pelo projeto.
O evento aconteceu no auditório do Sebrae de Iguatu, onde as jovens, juntamente com a equipe do Instituto Elo Amigo, parceiros do Projeto e convidados, comemoraram a conclusão do curso que tinha como objetivo contribuir com o desenvolvimento humano e geração de trabalho e renda de jovens mulheres no município de Iguatu, por meio da formação pessoal e profissionalizante e a inserção social e produtiva,a partir de habilidades comportamentais necessárias ao bom desempenho profissional, tendo o esporte coletivo como ferramenta educativa.
Durante quase seis meses as jovens se prepararam para este momento participando de aulas práticas e teóricas, sendo acompanhadas por diversos educadores/instrutores que contribuíram para que todas elas vencessem a trajetória de 412 horas de formação.
Passada a fase de conclusão do processo formativo, o foco do Projeto agora é a inserção das jovens. Através da articulação de vagas de estágio nas empresas da cidade de Iguatu, o Instituto Elo Amigo objetiva inserir a maior parte das jovens no mercado de trabalho. Quinze, das vinte jovens certificadas, já estão com estágios garantidos, graças a parceria e ao compromisso de alguns empresários da nossa cidade.
Leandro, proprietário do Supermercado Leandro e parceiro do Projeto afirma:
“O Instituto Elo Amigo está executando um programa muito importante. Através do Projeto Vencedoras, as jovens têm a oportunidade de ingressarem no mercado de trabalho através do primeiro emprego. Por acreditarmos nessa idéia, nós do Supermercado Leandro mantemos essas parceria com o Instituto, disponibilizando estágios para as meninas que demonstram muita garra e vontade de crescer. Esse é um projeto que vem beneficiar a sociedade”.
Hoje, 22 de março é o Dia Mundial das Águas. Aqui no estado, o Fórum Cearense pela Vida no Semiárido (FCVSA) vai às ruas para defender o projeto político de convivência com o Semiárido e mostrar a toda a sociedade os resultados dos programas executados em parceria com a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA Brasil): Programa Um Milhão de Cisternas (p1mc) Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2).
Neste momento cerca de duas mil pessoas que vieram de todas as regiões do Ceará estão concentradas em frente à Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado (SDA). Alessandro Nunes, da coordenação estadual do FCVSA ressalta a importância da execução das Políticas Públicas e das políticas governamentais para a efetivação da convivência com o semiárido em parceria com a sociedade civil: “as tecnologias sociais para captação de água com as quais trabalhamos são essenciais para o desenvolvimento das comunidades rurais”.
Um dos principais elementos nos programas da ASA de implementação de tecnologias sociais para captação de água é o processo formativo. As famílias envolvidas no P1mc participam do curso de gerenciamento de recursos hídricos que acontece nas próprias comunidades onde as cisternas serão implementadas e aborda conteúdos como os cuidados com a água na comunidade, os cuidados com a cisterna, questões sociais como relações igualitárias de gênero, além de um pouco da história da ASA.
Alessandro também elenca alguns pontos defendidos pelo conjunto de organizações que compõem a ASA, a exemplo da disseminação do uso das cisternas de placa – feitas de ferro-cimento e com capacidade de 16 mil litros, o suficiente para abastecer uma família durante vários meses de estiagem – para diminuir a falta de água e a defesa da agroecologia, com foco no policultivo. “A concepção política da ASA, com um novo olhar sobre o Nordeste confronta a partilha e a concentração da água e da renda”, afirma.
As instituições que compõem a ASA no Ceará já construíram entre 2004 e 2012 42.973 cisternas em todas as regiões do estado. Além de possibilitar o acesso a água de qualidade para beber e produzir, a construção de cisternas de placa ajuda na conquista da cidadania e autonomia das famílias agricultoras, no incentivo a mão-de-obra local, como nos casos dos pedreiros e pedreiras capacitados que geralmente, são das comunidades onde as cisternas são construídas.
Além do Fórum Cearense pela Vida no Semiárido participam da mobilização a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura do Ceará (Fetraece).
Mais informações:
Zoraia Nunes, Assessora de Comunicação – 85-9653-0295 -
Rosa Nascimento, Assessora de Comunicação – 85 9921-4393 -
Sugestão de Fontes:
Alessandro Nunes, coordenação estadual do Fórum Cearense pela Vida no Semiárido – 85-99970772
Rita Gerlúcia, instrutora do curso de Gerenciamento de Recursos Hídricos – 858 - 96045526
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Agricultores e agricultoras das comunidades de Balão, Mata Fresca, Serrinha e Serrote Verde, comunidades rurais do município de Piquet Carneiro, participaram de uma capacitação que tem como objetivo despertar e contribuir para a transformação da realidade a partir da troca de conhecimento quanto ao manejo adequado dos recursos hídricos e produção de alimentos orgânicos, discutindo sobre a importância da participação cidadã para a defesa e proteção do meio ambiente, aprendendo novas tecnologias de convivência com o semiárido e estabelecendo novas relações entre as pessoas e o meio. Uma das etapas do Programa Uma Terra e Duas Águas - P1+2, projeto gerenciado pelo Instituto Elo Amigo, é capacitar às famílias beneficiadas na Gestão de Água para Produção de Alimentos – GAPA.
Durante três dias (26, 27 e 28/01), os agricultores conheceram a metodologia do P1+2 e a atuação da Articulação do Semiárido Brasileiro – ASA, que trabalha a mais de 10 anos com a convivência com o semiárido. Temas como a segurança e insegurança hídrica, cidadania e agroecologia foram bem debatidos.
Na visita a uma propriedade onde o sistema de produção está ativo, foi que os participantes, com a ajuda do facilitador, desenvolveram um planejamento para o sistema produtivo de suas propriedades a partir da implementação de uma cisterna calçadão (cisterna de placa com capacidade de armazenar 52 mil litros de água, anexada a uma calçada de 200 m2 que capta a água da chuva) e através de desenhos criados em papel madeira, mostraram que já estão em sintonia com a metodologia do programa.
Ao fim da oficina os participantes expuseram seus desenhos e sentimentos e com muita alegria e esperança vêem que a vida no semiárido pode ficar melhor. Na avaliação dos participantes, esses dias de convivência com outras famílias, serviram para fortalecer a amizade e o compromisso na pratica do que aprenderam durante a capacitação.
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No ultimo sábado (dia 28), o Instituto Elo Amigo realizou o II torneio de habilidades do programa Mulheres em Campo pela Cidadania – Vencedoras. O evento, um torneio de futsal, aconteceu no ginásio da Escola Marista São Marcelino Champagnat, no Bairro João Paulo II.
As jovens da Vila Centenário e Vila Gadelha, usando o esporte como ferramenta de desenvolvimento didático, colocaram em prática as habilidades adquiridas durante a formação na área de esporte que aconteceu no início do projeto: Comunicação, Respeito, Disciplina, Trabalho em Equipe, Foco no Resultado e Autodesenvolvimento.
Essa ultima etapa do projeto, no quesito esporte, tem como finalidade avaliar o comportamento individual e grupal das jovens durante o jogo. Por ser um esporte competitivo, as jovens mostraram entrosamento e espírito esportivo e apesar de um time ter vencido, todas foram premiadas com medalhas que destacavam as habilidades durante a partida: Comunicação e Trabalho em Equipe.
“… durante o torneio consegui colocar em pratica o que aprendi na formação, foi eu que fiz a abertura do evento e não fiquei nervosa. Hoje consigo me expressar e falar em publico. A maior lição que tiro do Vencedoras é o companheirismo e as amizades das pessoas que participaram desse projeto…”. Sâmara Martins, premiada com a medalha de comunicação.
Agora para as jovens falta concluir a formação profissional e após essa etapa iniciar o processo de inserção no mercado de Trabalho através de estágios em parceria com os empresários de Iguatu.
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As jovens beneficiadas pelo Projeto Mulheres em Campo pela Cidadania (Vencedoras), estão em fase final de sua formação. Até o dia 17 de fevereiro, as 30 jovens terão concluído as atividades temáticas. Nesta, que é a fase II, as jovens passam pela etapa de formação especifica e profissionalizante, com aulas sobre Encargos Sociais e Tributação, Finanças, Auxiliar Administrativo, Atendente Comercial, dentre outras.
A formação está acontecendo na Associação da comunidade da Vila Centenário. É lá que as jovens adquirem conhecimentos através de aulas temáticas e são preparadas para o mercado de trabalho com facilitadores capacitados em cada área e a carga horária dessa fase totaliza 180 horas.
“No vencedoras, além da troca de experiência com minhas colegas, consigo ver um novo mundo. No projeto aprendi a ser mais dedicada, confiante e agora consigo me expressar melhor. Hoje sei o que quero para o meu futuro.” Ricassiane Moreno.
“O Projeto foi uma mão amiga na minha vida. Tenho a certeza de que estamos construindo algo para o futuro e nessa expectativa que estamos lutando, para ser todas Vencedoras” Lílian Cibely.
Na terceira fase desse projeto, as jovens serão encaminhadas para inserção no mercado de trabalho por meio de estágios nas empresas de Iguatu.
Segundo Maria Zuleide Teixeira, 2ª secretaria da Associação das Mulheres de São Pedro (AMUSP), a idéia de se criar uma feira solidária no distrito de São Pedro, que fica a 20 km de Jucás/Ce, nasceu na cabeça de Dona Toinha, moradora e participante dos movimentos da comunidade, que tratou logo de compartilhar com a Associação das Mulheres (AMUSP). A idéia logo virou pauta de reunião e aprovada pelos participantes da associação. O segundo passo seria reunir o máximo de parceiros possíveis que pudessem abraçar a idéia e ajudar na realização da feira – Associação das Mulheres de São Pedro (AMUSP), Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STTR), Secretaria de Agricultura, Rádio São Pedro FM, Comunidade de Base Vila São Pedro (COBASP), Associação com Ações Participativa (ASCAP), Instituto Elo Amigo e Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) tiveram uma participação muito significativa para a realização da Primeira Feira da Economia Solidária no distrito de São Pedro.
Hoje já existe cerca de quinze agricultores e agricultoras cadastrados. A feira esta conseguindo incentivar outros agricultores que demonstram interesse em fazer parte desse movimento que acontecerá mensalmente, mas a intenção dos participantes e dos organizadores é que seja quinzenal.
O principal objetivo da feira é, além de garantir renda para as famílias agricultoras, trabalhar juntos a organização e a produção agroecológica.
“A feira está muito boa e é um espaço muito bom para mostrarmos nossos produtos, inclusive já tinha até sugerido essa idéia para o pessoal” comenta Dona Josefa Mendonça feirante.
“Para mim é muito importante e um meio de mostrar as pessoas como fazer a economia solidária. E para melhorar temos que fazer mais divulgação para que mais pessoas participem. Finaliza Dona Alda Silva visitante”.
A próxima feira já tem data marcada, dia 12 de fevereiro e se contar com a animação dos moradores de São Pedro, a segunda feira será bem melhor que a primeira.
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No próximo dia 19 uma caravana de aproximadamente 500 pessoas vai sair do Ceará com destino a Petrolina, cidade de Pernambuco, onde participa na manhã de terça-feira (20), de um ato público para reafirmar a importância da sociedade civil na construção de políticas públicas de convivência com o Semiárido. O objetivo é fortalecer e fazer conhecer a luta de homens e mulheres por uma vida mais digna num semiárido sustentável e segurança alimentar.
O ato é realizado pela rede Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA Brasil), da qual o Fórum Cearense pela Vida no Semiárido faz parte, motivada pela declaração do MDS, na última quinta-feira (8), de que o aditivo já anunciado e publicado no Diário Oficial da União, para continuidade dos programas da ASA (P1MC e P1+2), não será concretizado, sob a argumentação de que o governo está revendo seus arranjos para o Plano Brasil sem Miséria.
O momento será também de manifestação de repúdio das organizações, pelo movimento atual do governo, que pode levar ao fim de um conjunto de processos que, para a ASA são importantes para o desenvolvimento rural sustentável.
A articulação está mobilizando dez mil pessoas de todo o Semiárido, entre agricultores e agricultoras e organizações da sociedade civil. A cidade de Petrolina foi escolhida para sediar o evento devido tanto à localização geográfica, que permite concentrar um grande número de pessoas de outros estados do Semiárido, como pela história de luta de diversas organizações da região.
As organizações, agricultores e agricultoras acreditam que com isso sensibilizara a sociedade para a importância da continuidade do projeto de convivência com o Semiárido, que a ASA desenvolve.
ASA – A Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) é uma rede formada por mais de 750 organizações da sociedade civil que atuam na gestão e no desenvolvimento de políticas de convivência com a região semiárida. Sua missão é fortalecer a sociedade civil na construção de processos participativos para o desenvolvimento sustentável e a convivência com o Semiárido referenciados em valores culturais e de justiça social.
A Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) surge a partir da construção de um outro imaginário do Semiárido brasileiro. Com essa expectativa, foram desencadeadas iniciativas em diversos estados da região, tendo como base a agroecologia, a segurança alimentar e nutricional, a educação contextualizada, o combate à desertificação, o acesso à terra e à água e a promoção da igualdade de gênero.
FCVSA - O Fórum Cearense foi criado em fevereiro de 1999 com o objetivo de mobilizar a sociedade civil para trabalhar políticas publicas em favor da convivência com o semiárido.
Com a integração de varias Instituições, ONGs, movimentos, entre outros, o Fórum faz um trabalho coletivo e constrói possibilidades para que homens e mulheres vivam com dignidade.