O projeto jovem multiplicador que tem como objetivo a formação de 25 jovens onde os mesmos já fizeram a formação e ao terminar a mesma mapearam em suas comunidades 20 familias as quais até hoje estão realizando acompanhamento técnico em atividades produtivas nas áreas de Apicultura, Suinocultura, Avicultura, Hortifruticultura e Ovinocaprino. As ações dos jovens multiplicadores acontecem nos municípios de Acopiara, Caríus, Iguatu, Jucás, Orós e Quixelô.
O Instituto Elo Amigo através do Programa da Agroecologia Familiar, no intuito de fortalecer a estratégia de acompanhamento junto ao grupo de produtores do Municipio de Quixelô realizou mais uma reunião. Dentro dessa nova estrategia esta promovendo reuniões municipais com os produtores, onde são discutidos assuntos inerentes ao acompanhamento desse municipio para a organização dos produtores.
No dia 10 de Outubro aconteceu no Instituto Elo Amigo mais uma reunião do projeto Programa Bolsa Educacional Aliança realizada na sede do Instituto Elo Amigo. Neste encontro, dentre outros pontos, foi discutido a elaboração e execução dos projetos de intervenção social por parte dos bolsitas que deverá ser desenvolvidos nas comunidades de cada jovem mora.
No último dia 10 deste mês aconteceu no Instituto Elo Amigo a reunião do FAPJ, Fundo de Apoio Projeto de Jovens. A reunião contou com a presença dos grupos que tiveram seus projetos apoiados no segundo edital e que já estão sendo executados.
Durante o encerramento da 14ª Romaria da Terra os organizadores, autoridades e participantes do evento expõem sua avaliação e pontos de vista sobre as atividades e a recepção iguatuense em seus depoimentos. Confira na íntegra aqui:
A iguatuense que reside em Fortaleza e integra a CPT (Comissão Pastoral da Terra), Senhorinha Soares, falou ao Caminhando e Cantando sobre a organização da Romaria da Terra e as expectativas sobre o evento.
Caminhando e Cantando: Em linhas gerais, o que é a Romaria?
Senhorinha Soares: A Romaria da Terra é um evento que a CPT realiza no Ceará desde 1984, que é basicamente uma celebração das lutas e das conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras do estado realizam em seu cotidiano, numa tentativa de organização do povo do campo em busca de vida digna.
CC: Como tem sido as Romarias ao longo dos anos?
SS: Em anos anteriores existiam muitos conflitos e [as Romarias] eram momentos das pessoas refazerem suas forças para dar continuidade na luta pela terra e água dignas. Nos últimos anos a Romaria, assim como a CPT e as organizações tem se dedicado também a luta pela vida no semi-árido, pela convivência e para produzir pra ter vida digna apesar das dificuldades de falta de água, de terra concentrada.
CC: Observando as conquistas, o que temos à comemorar nessa Romaria?
SS: Nos últimos anos a conquista maior foi da luta para acumular água no Nordeste, através das várias formas de armazenar água como as cisternas de placa que garantem água com qualidade para as famílias, as barragens calçadão, as mandalas - que é um jeito de produzir de maneira irrigada, mas economizando água; são tecnologias simples que tem garantido vida para as famílias do semi-árido. O próprio Programa Um Milhão de Cisternas que começou como experiências isoladas e virou uma política pública assumida pelo Governo Federal.
CC: Como você avalia o trabalho de organização do evento?
SS: A gente está vendo que há um esforço muito grande e é muito gratificante saber que as várias comunidades estão se disponibilizando para receber os romeiros e romeiras no município de Iguatu e estão fazendo mais do que o que podem para garantir uma boa acolhida e troca de experiências.
CC: Como está a expectativa de participação dos visitantes?
SS: Nós estamos esperando uma grande participação da arquidiocese de Fortaleza; serão mais de 20 transportes que virão da Grande Fortaleza, de Crateús e da diocese, de Crato, Limoeiro do Norte, e da região de Iguatu, são mais de 40 transportes das comunidades vizinhas de Icó, Cedro, Jucás, Cariús e todos os municípios da região estarão presentes.
CC: Como tem sido o envolvimento dos diversos segmentos no apoio às Romarias?
SS: Nós vemos um sinal de que o movimento não tem dono, porque apesar de a Igreja estar a frente, a gente se sente muito feliz e gratificado quando vê o envolvimento das várias ONGs, através do Fórum do Semi-Árido, então sentir que tem ONGs, comunidades e movimentos fazendo essa caminhada é fundamental pra nós e a gente se sente recompensado.
CC: Para finalizar que mensagem você deixa para as pessoas que estão chegando e para quem irá receber os romeiros.
SS: Em nome da Comissão Pastoral da Terra a gente só tem a agradecer aos vários movimentos que estão envolvidos, aos empresários que estão cedendo seus transporte e carros de som; então agradecemos e pedimos à Deus que todos os romeiros e romeiras cheguem em paz e todos tenham um dia agradável e voltem aos seus lares com tranquilidade.
Entrevista realizada em 08/10.