Foram iniciadas recentemente, as construções de três cisternas do projeto P1+2 financiadas pela Fundação Banco do Brasil (FBB) em parceria com a ASA (Articulação do Semi Árido Brasileiro e executado pelo Instituto Elo Amigo, na comunidade do Aceno, no município de Iguatu. Até o momento, as três são do tipo calçadão.
De acordo com o animador de campo da Instituição que está acompanhando de perto os trabalhos, João Ricardo, são duas duplas de cisterneiros que estão trabalhando diariamente no local, e que nesta semana, o número aumentará para três. Cada cisterna para ficar pronta, rebocada, e pintada, leva em torno de quatro dias.
A equipe do Instituto Elo Amigo juntamente com o assessor técnico da Articulação do Semi-Árido Brasileiro (ASA), Ilarí Papa, visitaram ontem, 30, as comunidades da zona rural de Orós que foram beneficiadas com o projeto P1+ 2, financiada pela Fundação do Banco do Brasil (FBB). As localidades visitadas foram Rochedo, Sobrado, Condado dos Pintos, Pólvora, Aroeiras e Mirador. As demais, como a Cabeça do Negro e outras, já haviam sido observadas.
O assessor está no município de Iguatu desde quinta-feira passada, visitando as famílias na cidade vizinha que adquiriram as tecnologias de calçadão e enxurrada, fazendo pesquisa, conversando com elas para saber se estão satisfeitas com o serviço dos cisterneiros, e para qual finalidade elas vão utilizar a água, se é para produção de alimentos ou para o consumo. Além de vistoriar as cisternas construídas.
De acordo com os beneficiários, eles estão satisfeitos com essas construções, pois muitos sabem da dificuldade de como é ficar sem água, esperando a chuva chegar para diminuir o calor e a seca. “Vocês que fazem parte do Elo Amigo e da Asa estão de parabéns, pois estamos muito felizes com seus trabalhos, os únicos que realmente se preocupam com a gente e conhecem a nossa real situação aqui no campo”, disse Genildo, um dos beneficiários do projeto.
Antônio Carlito Leite, 43 anos, mais conhecido por Carlito, mora no Sítio Serraria, a dois quilômetros de Jucás-CE. Quem chega a sua propriedade logo percebe a qualidade de suas plantas e os cuidados técnicos que ele utiliza em cada metro de seu quintal. Em 2005, Carlito participou do Projeto Raízes, que foi realizado através de uma parceria entre Instituto Elo Amigo, Fetraece (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará) e Sindicatos de Trabalhadores/as Rurais. No projeto, Carlito foi capacitado em cursos nas áreas de apicultura, hortifruticultura, avicultura caipira, ovinocultura e associativismo/cooperativismo. Com o termino do Projeto Raízes, Carlito continuou sendo acompanhado e apoiado pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Agrário de Jucás.
Quantidade de Vaga: 01 (ambos os sexos)
Escolaridade: Curso Superior em Administração de Empresas, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas ou áreas afins;
Disponibilidade: 40 horas semanais;
Interessados, enviar curriculum para
Para maiores informações, falar com um dos coordenadores da Instituição, Aurineide Oliveira (88) 9688-2728 ou Marcos Jacinto (88)9962-5061.
Antônio Marcos, 34 anos e Maria Adriana Pereira, moram há seis anos na comunidade Patos, a oito quilômetros de Jucás (CE). Eles moravam em São Paulo, mas a vida lá não era fácil. Em 2008 resolveram largar tudo e vir para o Ceará ficar perto da família e com muita força de vontade e o apoio da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Agrário de Jucás, eles iniciaram um projeto de hortifruticultura em sua propriedade e hoje mostram o resultado de todo o trabalho realizado.
Morador do sítio Bravo, localizado na zona rural da cidade de Iguatu, há 23 km da sede, o Agricultor Gleuberto Cardoso do Nascimento, 42, vive com a sua esposa Maria de Lúcia de Souza, 32, e seus três filhos, Gleíson, Gleyciele e Glegilberto, (13, 9 e 4 anos) respectivamente, em uma casa simples e humilde de taipa.
Nascido em uma pequena cidade do interior de Goiás, Piraquê, veio morar com seus pais ainda jovem na cidade de Fortaleza, onde trabalhou como leiteiro. Durante sua permanência lá, conheceu um homem que gostou da forma de como ele tratava os animais, e foi convidado para ser domador de urso e mais uma dupla de tigres no circo Kronner, onde lá ficou conhecido pelos seus colegas de Goiano. Passou 12 anos viajando pelas cidades do Brasil, e até conheceu outros países, como Bolívia, Paraguai, Argentina e Venezuela.
Homem simples e batalhador, falou de suas experiências e das dificuldades que passou durante esses 42 anos de vida. “Com o dinheiro do meu trabalho, eu comprei este terreno e vim morar aqui em Iguatu, porque me casei com Maria. Passamos a criar de início, galinhas e capotes, mas paramos por causa das plantas”, disse.
Beneficiário da cisterna de Enxurrada do Projeto P1+2, financiado pela fundação do Banco do Brasil (FBB) em parceria com o Instituto Elo Amigo, o agricultor atualmente está produzindo frutas e verduras há 15 anos, além de criar porco. “Graças a Deus tenho força e saúde para continuar trabalhando, tanto é que eu tenho pé de acerola, mamão, manga, coco,laranja, goiaba, tangerina, caju, nune, tomate, berinjela, macaxeira, maracujá, bananas ( prata, ouro, trezentinha, casca verde), cana, seriguela e pimenta no meu terreno, e que apesar das dificuldades com a falta de água, estou conseguindo manter e produzir estes alimentos. Estou muito feliz por está sendo beneficiado pelo Projeto, pois a dificuldade de água aqui é muito grande, e eu tenho que buscar água no cacimbão há 150 m de casa, e ainda seca durante um certo período . Agora não vamos ter mais esse problema. Estou pretendendo voltar a criar galinhas e capotes, se Deus quiser vou conseguir”, falou emocionado.
A equipe do Instituto Elo Amigo se reuniu hoje, 15, para conhecer e dar boas vindas aos novos integrantes que vão compor o grupo. Na ocasião, os novatos se apresentaram para os veteranos e vice- versa. Além disso, outros pontos importantes foram discutidos para organizar e melhorar de forma positiva a Instituição.
Instituto Elo Amigo inicia processo de cotação de material de infra estrutura para caráter produtivo das famílias beneficiadas pelo Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) dos termos de parceria entre ASA (Articulação Semiárido Brasileiro), MDS (ministério do desenvolvimento Social de Combate a Fome) e FBB (Fundação Banco do Brasil) para as cidades de Jucás, Cedro Umari, Iguatu e Orós.