Festa junina resgata a cultura popular e eleva a autoestima das famílias de Veneza e comunidades vizinhas
A Comissão Municipal de Convivência com o Semiárido, de Jucás, realizou no dia 28 de junho, em Veneza, distrito do município, o Arraiá do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) e Programa de Ações de Convivência com a Seca (PACs). A Festa Junina que traz como tema central os programas que trabalham a articulação e mobilização pela convivência com o Semiárido, é tradição no município e está em sua 09ª edição.
Um terreiro colorido com as cores do sertão, retratadas nas pessoas que ali estavam e uma fogueira gigante de dois metros de altura com dois de comprimento, anunciavam o “Viva São Pedro”. E, em clima de festa e muita animação, ao ritmo da viola e sob a emoção dos encantos das cantorias populares, os/as participantes se embalaram na festa, que neste ano de 2014 teve como atrações principais, escolha da musa do Semiárido, desfile da mulher com a cabaça na cabeça, quadrilhas, cantorias, forró pé de serra, comidas típicas e muita animação.
Uma dupla de violeiros entoando uma cantoria descrevendo o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) abriu o evento, emocionando os/as participantes. Posteriormente, um vídeo apresentando os benefícios do programa no município, com trilha sonora de Roberto Malvezzi, conhecido como Gogó, “Colher a Água”, deu continuidade à festa, atestando o motivo pelo qual as pessoas estavam ali-, “celebrando a vida, as conquistas, a autonomia das famílias, o acesso à água”, afirmou um dos coordenadores do evento e também da Comissão Municipal de Convivência com o Semiárido, Ernaldo Carvalho, de Jucás.
A escolha da musa do Semiárido 2014 e entrega de faixa da musa 2013, bem como o desfile das mulheres com a cabaça na cabeça foram as principais atrações da noite. E, como forma de compartilhamento, Julia Fernandes Chagas, musa 2013, entregou a faixa para Andresa Rodrigues Bandeira, a nova musa do Semiárido pelo município. A entrada triunfante das mulheres Maria Raimunda de Jesus Vidal, conhecida como Mariquinha e Maria do Socorro da Silva, com uma cabaça na cabeça, representando as mulheres que por muito tempo carregaram água de longe, fechou o momento.
O Arraiá que acontece anualmente no mês de junho é também uma forma de reunir as comunidades, fortalecer os laços de amizades e resgatar a cultura popular, segundo conta Ernaldo. “Aqui a gente reúne as comunidades, é um intercâmbio de trocas e uma forma também de valorização, porque umas vão conhecendo as outras”, disse, enfatizando que o evento é itinerante e que a cada ano uma comunidade se responsabiliza pela sua organização e realização.
O evento nasceu da necessidade de se reunir, mas também de celebrar, começou a partir do P1MC, uma forma de comemorar pelas tecnologias sociais de captação de água, implementadas no município. “Aqui tem gente de muitas comunidades. Todas que têm cisternas têm uma pessoa representando, porque valoriza”, disse Rildeci Araújo, da comunidade Umari dos Teixeira
De acordo com Marcos Jacinto, do Instituto Elo Amigo, um evento como este une as comunidades e fortalece suas lutas. A presença da instituição no evento, segundo o mesmo é uma forma de apoiar e celebrar as vitórias. Marcos finalizou falando da importância do P1MC para as comunidades e parabenizando pelo evento. “O Elo Amigo vai continuar valorizando estes momentos”, disse.s. “É a primeira vez que venho, mas estou gostando”, complementou dona Socorro Pereira, de jucás.
No município de Jucás 812 famílias têm cisternas de placas com capacidade de armazenar 16 mil litros de água para o consumo humano e 730 serão implantadas pelo Instituto Elo Amigo este ano, as primeiras famílias já foram cadastradas. No total 1.542 famílias terão acesso à tecnologia que permite as famílias armazenar água da chuva para as pessoas beberem e para o preparo dos alimentos.
Por Rosa Nascimento
O Instituto Elo Amigo realizou no dia 19 de junho, na comunidade Cabeça do Negro, no município de Orós, oficina de capacitação para implantação de um Sistema Simplificado de Irrigação, um implemento para o caráter produtivo do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). Participaram monitores de SSIMA (Sistema Simplificado de Irrigação em Manejo de Água), agricultores/as beneficiários da cisterna-calçadão do P1+2, técnicos e coordenadores de projetos do Instituto.
O objetivo da oficina é capacitar técni
cos e monitores/as de SSIMA para que orientem as famílias durante as capacitações e demais momentos formativos do programa para que elas possam implantar em seus quintais.
Na discussão inicial, o coordenador executivo do Elo Amigo, Marcos Jacinto, falou da importância da implantação do sistema para o manejo adequado da água. “Com a caixa as famílias têm como se planejar melhor”, disse, enfatizando que esta é uma das formas de economizar o recurso e planejar como e quando utilizá-lo.
Já o agricultor beneficiário da tecnologia, o seu Tadeu Lucas do Nascimento está pensando mesmo é nos benefícios que o sistema implantado vai trazer para sua família. Ele não tem dúvidas em relação ao manejo da água. Vai utilizar na produção de plantas medicinais e hortaliças. “A gente quer plantar coentro, cebola, pimentão, alface e outras plantas”, disse. Atualmente, a família dispõe de um pequeno açude, onde bebem os animais e um espaço para mais logo fazer uma barraginha. A ideia, segundo a família, é deixar a cisterna para os períodos mais secos, de acordo com as necessidades.
O Sistema Simplificado de Irrigação é composto por uma bomba elétrica que faz a sucção da água da cisterna, onde a mesma é conduzida atreves de canos a uma caixa d’água elevada de dois a três metros do chão sobre um suporte, que pode ser de madeira ou alvenaria. A caixa possui uma saída lateral que desce até o chão e abastece os ramais de irrigação, gotejamento e microaspersão alternativa feita com palitos de pirulito ou garrafas pet.
Material utilizado:
Tubo de PVC de 50 ml e ¾; mangueiras de polietileno de ¾ e ½ polegadas, gotejadores microaspersores alternativos, caixa PVC de 500L, registros de 25 mm e ½ polegada, adaptadores, joelhos, disjuntor, eletrobomba de ½ cv, válvula para sucção, buchas, cola, fita isolante, fita veda rosca e cabo elétrico.
Por Rosa Nascimento
No Dia Mundial do Meio Ambiente, o Instituto Elo Amigo realizou palestra sobre a temática. O evento aconteceu na tarde de ontem (05 de junho, data de comemoração), na Escola Estadual de Educação Profissional Lucas Emmanuel Lima Pinheiro, em Iguatu, no Ceará. Uma turma de estudantes do Curso de Eletrotécnica participou do momento.
As questões, o que è Meio Ambiente; Meio Ambiente e Sustentabilidade; Meio Ambiente e Reciclagem; Meio ambiente e Sociologia e Desmatamento e Poluição do Ar foram os assuntos discutidos.
Um dos coordenadores de projetos do Instituto Elo Amigo, Francisco Braz, começou a palestra contextualizando a data. “O Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em 15 de dezembro de 1972, na Conferência de Estocolmo (Suécia)”, disse, ressaltando que nesse ano de 2014, o foco está voltado para as Mudanças Climáticas com o tema “Aumente sua voz, não o nível do mar”. A definição de Meio Ambiente também foi prioridade na palestra. “Meio ambiente envolve todas as coisas vivas e não-vivas que ocorrem na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos”.
A importância da sustentabilidade do meio ambiente; a reciclagem como um processo de elevada relevância para a preservação do meio ambiente; a necessidade de contribuir com ações de preservação e conservação da natureza, entre outros assuntos foram apontados pelo técnico. “É possível diminuir a poluição do ar, da água e do solo, que poderá ser feito, inclusive com a reciclagem. E, O grande desafio é conseguir educar os cidadãos para que compreendam que cada esforço, por menor que seja, tem um impacto positivo no meio ambiente”, concluiu.
Diante do exposto, os estudantes expressaram o desejo de poder contribuir com as ações em defesa da vida. Para Laurício Santos, 15 anos, a palestra é importante para ampliar os conhecimentos e incentivar a esta prática. Já Rafaela Vieira, acredita que por meio de palestra é possível conscientizar e sensibilizar as pessoas sobre o cuidado que se deve ter com o meio ambiente. “A gente aprende que é preciso preservar para garantir”, disse.
Ainda de acordo com a coordenadora da escola, Márcia Lima de Souza, a palestra é de grande importância na educação dos jovens, “à medida que traz informação e sensibiliza os alunos quanto ao seu papel frente aos problemas ambientais e contribui para melhoria de sua postura”.
No final da palestra, Braz deu algumas dicas de como contribuir com o meio ambiente.
“Existem muitas ações que podem ser feitas, entre elas, não poluir a água, separar o lixo, evitar desastres ecológicos, como queimadas, desmatamentos, o não uso de agrotóxicos, entre outras”.
Vivência, compartilhamento, visitas de campo e construção coletiva despertaram sentimentos e emoções, enriquecendo a dinâmica do evento
Nos dias 28 a 30 de maio, comunicadoras e comunicadores populares da ASA pelo Estado do Ceará reuniram-se em Sobral, para refletir e aprofundar o olhar sobre o processo de sistematização de experiências na perspectiva da Comunicação Popular no contexto do Semiárido.
A chegança começou logo no dia 27, expandindo-se ao dia seguinte, com a presença de mais participantes. Exercícios de relaxamento, movimentação e apresentação do grupo deu a graça da acolhida.
Abrindo as discussões, ainda no início da manhã do dia 28, Alessandro Nunes, da Cáritas Brasileira - Regional do Ceará e também da coordenação do Fórum Cearense pela Vida no Semiárido (FCASA), discutiu a temática “Interface entre técnico e o político no processo de sistematização”. E, de acordo com o mesmo, “o diferencial da comunicação para mobilização social é potencializar processos e intercambiar saberes. Nesse sentido, entende-se a sistematização como um processo permanente de troca de saberes. A experiência da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) tem colaborado na construção de um novo paradigma, o da convivência com o Semiárido”, disse.
Posteriormente, a temática “Sistematização de Experiências – aprendendo com as práticas” ganhou espaço, com a reflexão das seguintes questões: partindo das experiências individuais e coletivas: para que sistematizar; por que sistematizar e quem sistematizar. “Sistematizar para agricultores, técnicos e sociedade de modo geral, considerando como importante a linguagem utilizada como estratégia para a compreensão de cada experiência; sistematizar para mostrar experiências exitosas, para reafirmar o novo paradigma de convivência com o Semiárido e dar visibilidade aos grupos excluídos pelos meios de comunicação convencional”, foram as respostas mais pertinentes dadas pelos grupos.
Mariana Reis, da Asacom, também contribuiu com o momento formativo, trazendo como ponto para as discussões a “sistematização no âmbito da ASA: orientações metodológicas”, a partir das seguintes questões: quem ocupa a centralidade da sistematização? O que revelar e orientações técnico-objetivas do ofício de sistematizar. Os/as participantes interagiram com perguntas, respostas e também compartilhamento das experiências vivenciadas junto às famílias agricultoras durante visitas e diálogos.
No segundo dia do encontro, os/as participantes deixaram as tendas e partiram rumo às localidades de Santana do Acaraú, Caminho das Águas, Sobral e Massapé, para visitar as experiências com Cooperativa, Mandala, Luta pela terra, Teias de Vida (grupo cultural de jovens e adolescentes de Sobral) e Barraginha, respectivamente.
Os pontos: objetivo da sistematização; o papel de cada pessoa na equipe, o eixo da sistematização e os procedimentos do trabalho, orientaram os grupos, que ao retornarem, reuniram-se e compartilham sentimentos e emoções, dando forma ao texto, à medida que este era construído.
As atividades coletivas na sistematização, conforme compartilharam os grupos, foi de grande importância para a diversificação do trabalho, no entanto, ainda de acordo com os mesmo, é um grande desafio. “Sistematizar coletivamente é um tanto difícil porque são olhares e interpretações diferentes para a mesma experiência. Quando escrevemos e outra pessoa lê, tem outra percepção ou complemento, e então, vamos ajustando, nivelando, mudando palavras, ordem dos parágrafos, pontuação... até entrar em consenso com o grupo”, disse Carol Dias, comunicadora Popular da ASA.
Numa dinâmica de carrossel, em que as equipe interagiam umas com as outras simultaneamente, os textos foram ganhando apreciação, como também complementação.
E, no dia seguinte, cheias de encanto, as equipes compartilharam seus boletins. Na avaliação geral do grupo, o trabalho rendeu positivamente. Entretanto, ainda há necessidade de traçar novos rumos para uma sistematização diversificada. “A gente ainda segue muito o mesmo roteiro, tipo: na comunidade tal mora tal família, e por ai vai...”, disse Alessandro, chamando a atenção para uma construção mais criativa do texto.
Uma dinâmica que motivou os/as comunicadoras/os a expressarem seus sentimentos, a partir da modelagem de um objeto de barro e o compartilhamento dos mesmos, encerrou o encontro.
Por Rosa Nascimento
Nos dias 29 e 30 de maio de 2014, o Instituto Elo Amigo realizou um intercambio intermunicipal com agricultores beneficiados com o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) do município de Cedro-CE no novo termo de parceria entre a ASA (Articulação Semiárido Brasileiro) e MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome). No intercambio, os agricultores visitaram uma experiência de quintal produtivo com criação de pequenos animais com cisterna de enxurrada na comunidade Caldeirão dos Rufinos em Quixelô-CE e uma experiência de quintal produtivo também com cisterna de enxurrada na comunidade de Pitombeira em Acopiara-CE.
O intercambio teve como objetivo a construção e a troca de conhecimentos através de diálogos entre os agricultores e as agricultoras que foram e que serão beneficiados com o Programa. Eles trocam conhecimentos, discutem soluções inovadoras e entendem o funcionamento das tecnologias que eles irão receber com o termino das ações do Programa.
Todos saíram daquele encontro muito entusiasmados e com uma alegria notória em seus rostos acreditando agora em dias melhores mesmo nos períodos de estiagem.
Instituto Elo Amigo realiza intercambio com coordenadores, diretores e associados da instituição, a fim de mostrar os resultados das tecnologias construídas no termo de parceria do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) no ano de 2013.
Foram visitadas uma BAP (Bomba d’Água Popular) na comunidade de Mangueira e duas cisternas-calçadão na comunidade de Pitombeira.
Todos ficaram muito satisfeitos com os resultados e ouviram dos próprios agricultores a satisfação que essas famílias beneficiadas com o programa tem com o Instituto Elo Amigo, com o P1+2 e com a ASA (Articulação Semiárido Brasileiro)
Instituto Elo Amigo capacita pedreiros para atuar na implementação de cisternas-calçadão e de enxurrada, do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da parceria da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Fundação Banco do Brasil (FBB). A capacitação acontece entre os dias 20 a 29 de maio, nas comunidades Cabeça do Negro, no município de Orós, e Varjota, no município do Cedro, na região Centro Sul do Ceará.
“A construção da cisterna exige, de cada um, esforço, dedicação, organização e qualidade. É um trabalho árduo, mas gratificante”, ressalta José Freire, agricultor, cisterneiro e instrutor da capacitação.
Para a agricultora que conquistou uma cisterna-calçadão, Francideide Freire, da comunidade Varjota, a tecnologia chegou na hora certa. “A gente sofreu muito atrás de água para beber, cozinhar e fazer as labutas de casa, mas com a cisterna essa situação vai mudar”, almeja, anunciando que a plantação de hortaliças e criação de pequenos animais são prioridades para a família. “Não quero mais comprar verduras na cidade, porque tem veneno. Quando a gente produz, come com tranquilidade e o sabor é diferente”, diz.
Segundo o coordenador do P1+2 pelo Instituto Elo Amigo, Ednaldo Alves, a capacitação de pedreiros é fundamental no processo de conhecimento e aperfeiçoamento das tecnologias, bem como, da importância desta para as famílias agricultoras. “É necessário que o pedreiro perceba sua importância neste trabalho que está sendo realizado. Cada um de vocês é mais um dos atores envolvidos na construção de um projeto social de convivência com o Semiárido”, complementa o coordenador executivo do Elo Amigo e também responsável pela execução do P1+2 pela instituição, Marcos Jacinto.
Rosa Nascimento - comunicadora popular da ASA
O instituto Elo Amigo divulga resultado do edital para seleção de 01 (um/a) Comunicador/a Popular para atuar no Programa de Formação e Mobilização Social para Convivência com o Semiárido: Segurança e Soberania Alimentar através do Manejo Sustentável da Terra e das Águas – P1+2 “Programa Uma Terra e Duas Águas”.
Para a analise dos currículos foi montada uma equipe com representantes da coordenação do Instituto Elo Amigo, onde esta mesma comissão fez uma triagem dos currículos, selecionando os/as melhores candidatos de acordo com o perfil solicitado para fazer as entrevistas. Assim, depois deste processo a comissão selecionou a seguinte candidata:
Rosa da conceição Nascimento.
O Instituto Elo Amigo agradece a todos que enviaram seus currículos