Aconteceu de 04 a 06 de abril no Sesc Venda Nova em Belo Horizonte (BH), a plenária nacional da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) que contou com a participação de aproximadamente 70 representantes de organizações e movimentos sociais que fazem parte da articulação em todo o país.
Além de fazer um diálogo profundo sobre o contexto político e social atualmente instalado no Brasil, evidenciando os desafios postos no campo da construção da agroecologia enquanto política e ciência de promoção de dignidade, sustentabilidade e promoção da vida. O encontro também marcou o início da preparação para o IV Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) que será realizado no primeiro semestre de 2018 em BH.
Para o coordenador executivo do Instituto Elo Amigo, Marcos Jacinto, que também representou o Fórum Cearense Pela Vida no Semiárido (FCVSA) e Articulação Semiárido Brasileiro do Ceará (ASACE), avaliou como muito relevante a realização do encontro pela característica de mobilização e articulação das organizações e movimentos sociais e a necessidade de manter viva a resistência na construção da agroecologia no país. “O processo de preparação do IV ENA foi iniciado nesta plenária e é fundamental que cada organização/movimento tenha a percepção de que a mobilização das bases e a conexão com as diversas experiências nos territórios são imprescindíveis para garantir a riqueza e a beleza que têm marcado os Encontros Nacionais de Agroecologia”, disse Jacinto.
No período de 29 a 30 de março, acontece na cidade do Rio de Janeiro a capacitação do Manual de Futebol para o Desenvolvimento para Multiplicadores (FPD), realizado pela Rede Comunidade de Aprendizagem de Futebol para o Desenvolvimento.
O Instituto Elo Amigo participa do momento com a educadora física do Projeto Esporte e Juventude, um elo de cidadania, Erika Saraiva Dias.
O encontro consiste em ampliar o conhecimento popular da metodologia de futebol três tempos “O Elo Amigo tem participado da rede faz muito tempo e a cada dia tem conseguido multiplicar a metodologia dentro dos projetos com crianças, adolescentes e jovens”, comentou Erika.
Sendo a água fundamental para a existência da vida, há a necessidade de se cuidar bem dos reservatórios, do meio ambiente e garantir o acesso de forma justa, igualitária e universal.
É necessário compreender o que está contribuído para o agravamento da crise hídrica que ocorre no Estado do Ceará, fatores que estão além do fenômeno natural da estiagem que tem levado o Semiárido a vivenciar a maior seca dos últimos 100 anos.
Com o propósito de debater essas questões, o Fórum Microrregional de Convivência com o Semiárido da região Centro-Sul, promoveu no dia 21 de março em Acopiara (CE), o Seminário Águas do Semiárido, compondo a programação do dia mundial da água que é comemorado no dia 22 de março.
Com a apresentação de três painéis que tratou da situação crítica em que se encontram os reservatórios da região, a má gestão por parte dos órgãos governamentais responsáveis pelo gerenciamento dos reservatórios, que resultou no agravamento da crise hídrica em todo o estado e a importância da educação contextualizada para desenvolver a compreensão da água como um bem comum e não como mercadoria.
O evento contou com a participação de agricultores, agricultoras e representantes de entidades que compõem o Fórum Microrregional.
Nas falas dos participantes veio a preocupação com a degradação ambiental que também contribui para o prolongamento dos anos de estiagem; a preocupação com o desperdício dá água nos processos de transposição; a contaminação dos aquíferos e reservatórios por agrotóxicos; o fato do grande volume de água ser destinado para atender as demandas do agronegócio e da indústria, comprometendo o abastecimento humano e a produção dos pequenos produtores rurais.
O destaque positivo foi para as tecnologias sociais de convivência com o Semiárido que possibilitam o armazenamento de água para consumo humano e produção de alimentos, que são as cisternas de placas, dos programas desenvolvidos pela Articulação Semiárido Brasileiro - ASA.
O debate foi além da discussão sobre o volume de água existente nos reservatórios da região. Na opinião dos participantes, mesmo que haja uma recarga considerável, é necessário que a luta continue no sentido reivindicar uma gestão adequada, que priorize as necessidades humanas, que seja revista as outorgas de água para complexo industrial do porto do Pecém e para o agronegócio, sendo necessário o somatório de forças para garantir uma gestão participativa e descentralizada.
Galeria de Fotos:
Texto: CDDH-AC | Vídeo: Fram Paulo | Fotos: Ednaldo Alves