Na manhã dessa terça-feira, 07/02, aconteceu nas margens do Açude de Orós uma manifestação que envolveu mais de 500 populares, estudantes, professores, autoridades locais, membros de sindicatos, das igrejas e de movimentos sociais da região Centro Sul, para pedir rapidez na redução da vazão do açude.
A multidão pedia a redução imediatda da vazão, cobrança baseada num acordo entre a comunidade local com o governo estadual que garantiria sua vazão de 16 mil litros de água por segundo até o último dia 31 de janeiro e até o momento não havia sido cumprido.
“Hoje já é sete do mês de fevereiro, solicitamos via ofícios aos órgãos competentes para reduzir vazão, é muita água sendo jogada para abastecer todo um sistema de compadres do agronegócio na rota do açude até Fortaleza, tem casos de gente aguando direto, hectares e hectares de terra, a própria termoelétrica que consome milhões de litros d'água do nosso Orós por segundo, se ficarmos de braços cruzados o Açude de Orós vai secar e passar dos seus quase 12% para 1% como muitos açudes hoje no Ceará, o povo da região corre o risco de morrer de sede por causa de poucos”, afirmou Teovaldo Pereira, pescador da cidade de Orós.
A multidão removeu a parede de sacos de areia que protegia a central de controle da adutora, uma equipe de policiais apareceu no local e tentou negociar a não remoção da parede, sem sucesso, só acompanharam o momento protagonizado pelos presentes, que gritavam “Reduz a vazão, reduz, reduz!”, “A luta é nossa, a luta é do povo do Orós!” e “não quero morrer de sede para manter agronegócio”.
No encerramento ouve falas de autoridades que planejavam uma movimentação na câmara de vereadores, prefeitura, na sede da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará - COGERH e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS.