“Salvar qualquer gota d’água no semiárido significa vida”, disse, José Francisco do Sítio Aroeiras de Iguatu.
Na última segunda-feira, 10/10, aconteceu o intercambio realizado pelo projeto Reuso de Águas Cinzas do Instituto Elo Amigo e Fundação Banco do Brasil, que vai beneficiar inicialmente 25 famílias do município de Iguatu.
A atividade aconteceu na Casa de Sementes Zé de Noca da comunidade de Aroeira em Quixeramobim e foi recepcionado pelo Senhor Aureliano Soares Martins. Após conhecer a Casa de Sementes o grupo foi ver de perto a unidade de reúso de água da casa do Sr Aureliano, a conversa sobre os cuidados, a necessidade de manter sempre tudo organizado para se ter água para dar de beber a produção na sua área ou quintal produtivo foi repleta de perguntas, respostas e troca de contatos entre os agricultores/as que participaram. “Sempre manter limpo a caixa de gordura e ter atenção com o minhocário, fazendo isso vocês vão se surpreender com a qualidade da água que vai ajudar no período de estiagem, eu mesmo estou nesse momento aproveitando a reserva para manter meus canteiros de cheiro verde, rabanete e couve flor”, disse Aureliano.
Os agricultores ficaram empolgados ao visualizarem a tecnologia funcionando e que era possível e verdadeiro que mais de 50% da água que eles gastam na pia da cozinha e banho, voltaria para sua produção. “Fiquei surpresa, eles nos falavam, mostravam retrato e filme, mas a noção de como tudo funciona e existe de verdade a gente só vê assim. O homem querendo, tudo nesse mundo dá certo”, comentou Dona Maria Liandro da Silva do sítio São José.
Para o técnico do Instituto Elo Amigo, Valdimiro Lima, a entidade tem mobilizado as comunidades de Iguatu em torno das tecnologias de convivência com o semiárido, tem feito isso bem e atuado na melhoria da vida das pessoas. O reúso de águas cinzas demanda um pouco mais de atenção se formos comparar com a necessidades de cuidado que é preciso com uma cisterna de placa por exemplo, mas em momentos secos do semiárido ter uma cisterna com água reaproveitada, complementa aquela necessidade extrema que atinge os pequenos produtores. Valdimiro também ressaltou a presença da equipe do Instituto Antônio Conselheiro, IAC, que tem sido um parceiro indispensável por possuir a experiência de já ter implementado essa tecnologia do reúso na região do sertão central. “Com poucos cuidados o produtor vai ter água pra passar o ano com sua produção ativa e saudável”, afirmou Valdomiro.
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