No último 05 de maio a coordenadora do Movimento Um Milhão de Histórias de Vida de Jovens, Carol Missoreli, esteve na região visitando as atividades do Movimento, que tem como co-produtoras locais o Instituto Elo Amigo, o Instituto Cultural e Econômico de Quixelô e a Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude de Acopiara. No último 05 de maio a coordenadora do Movimento Um Milhão de Histórias de Vida de Jovens, Carol Missoreli, esteve na região visitando as atividades do Movimento, que tem como co-produtoras locais o Instituto Elo Amigo, o Instituto Cultural e Econômico de Quixelô e a Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude de Acopiara. O Movimento tem como objetivo apresentar um novo olhar sobre a juventude atual, valorizando a história de vida de todo e qualquer jovem, através de uma estratégia de círculo de histórias, uma metodologia que funciona com escolha da história pelo jovem, rodas de conversa, registro escrito e gravado das histórias e socialização da história junto ao grupo e junto a população. Na oportunidade ela relatou um pouco sobre o Movimento e sobre o que observou na região.

Para alguém que não conhece o Movimento Um Milhão de Histórias, como você o definiria?
A definição que mais costumo usar é que é um Movimento de jovens para mudar a condição da juventude, a partir de suas histórias. No fundo cada jovem reflete e percebe o poder do impacto de sua história na comunidade, região e país.

Qual a finalidade do círculo de histórias?
O círculo, na minha visão, é a principal ferramenta porque cada jovem não dá entrevista, ele fala livremente. O ato de contar sua história cria um vínculo forte e costura uma corrente, um movimento.

Onde são realizados esses círculos?

Além dessa região, o movimento está hoje em Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Recife (PE), Glória do Goitá (PE), Natal (RN), São Bento (MA), Laranjeiras (SE), Manaus (AM) e mais recentemente em São Paulo.

Como e quando surgiu o Movimento?

Ele foi concebido em dezembro de 2005 pela equipe do Museu da Pessoa (Karen, Luciana). Antes a Kellogg tinha a proposta de um livro com relatos de jovens dos projetos, fomos chamados e então sugerimos algo de maior impacto na vida dos jovens. E isso tinha que ser um movimento pois a gente queria mudança e por isso tinha que ser um número forte, no mínimo um milhão.

O que caracteriza o Movimento diferente de outras ações?
Acho que tem uma primeira característica que é que qualquer pessoa pode participar a história é uma descoberta que pode ser feita por todos. Outra diferença é o vínculo que acontece. Quem está mais próximo do movimento vê que não tem uma relação de poder e importância, cada história tem seu valor.

O que já foi realizado e quais as perspectivas do Movimento?

Em dezembro de 2006 tínhamos 500 histórias. Ele está entrando numa segunda fase de multiplicação, está na hora de disseminar a proposta. Temos o site do movimento e outro com as histórias e o pessoal ouvir falar é um bom resultado.

O que lhe chamou atenção na visita a região?

Foi muto importante essa visita, gostei muito de conhecer o Elo e o Icequi até para compreender melhor a realidade do trabalho na região. Vi que há um potencial para rádios comunitárias e que a juventude daqui precisa ter uma cara.