Entidades e convidados estiveram reunidos na manhã desse, 15/10, no Complexo Turístico do açude Trussu, na localidade de Suassura, Iguatu, para acompanhar a posse da Comissão de Gestão do Açude Roberto Costa (Trussu), que é composto por 20 entidades (40% usuários, 40% entidades da sociedade civil e 20% poder publico) com mandato de 4 anos.
O momento começou com uma mesa das autoridades, na sequencia foi realizada uma visita técnica ao maquinário que faz a evasão da água do açude e concluído com a apresentação das entidades que formam a comissão e posse realizada pelo represente do Comitê de Sub Bacia Hidrográfica do Alto Jaguaribe.
Segundo o coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), no Iguatu, Cleber Silva, hoje o açude Roberto Costa (Trussu), esta com aproximadamente 34% da sua capacidade e que todo o cuidado com a água nesse momento de estiagem é pouca. “O DNOCS tem feito um monitoramento técnico constante da evasão, evaporação e poluição do açude justamente para preservar e manter a qualidade da água que abastece a região”, disse Cleber.
Durante a posse e apresentação dos membros da Comissão as falas foram de preocupação com a quantidade de reservatórios secos na região e que o Trussu hoje é o que se encontra em melhores condições, municípios que já são abastecido por ele, como o próprio Iguatu, Acopiara e Quixelô, devem sofrer racionamento o mais tarde em fevereiro e outras cidades já começaram a ter necessidade de ser abastecidas por ele, como a cidade de Mombaça, que deve acontecer nos próximos dias, já que o açude que os abastece encontra-se seco.
Para o membro do Instituto Elo Amigo que coordena o projeto primeira água do governo do estado, dentro da instituição, Francisco Braz, o comitê do Trussu surge como um braço do Comitê de Sub Bacias e lembrou que o Elo Amigo também tem acento nesse comitê, e que participar da Comissão do Trussu é importante para a instituição que esta trabalhando direto com a necessidade básica do campo, que é a água. “O Comitê do Trussu nasceu para cuidar da politica de água do nosso povo, e sua principal tarefe no momento é gerenciar a evasão das águas do Trussu, que hoje se encontra entre 400 e 800 metros cúbicos de água por segundo, além de outras demandas como as denunciadas feitas pelos demais membros do comitê sobre o despejo de lixo e de agrotóxicos nas águas do açude” disse Braz.
O representante da Associação da Vila Neuma, Dauyzio Silva, os órgãos precisão ter mais transparência na sua divulgação, dados técnicos são incompreendidos pela população e daí surge os boatos e até mesmo o terrorismo, o latifúndio local são os mais beneficiados na distribuição da água se comparando com o pequeno produtor rural e que a prioridade deve ser mesmo o consumo humano “Não estou desmerecendo ninguém, mas acredito que beneficiar os grandes e esquecer dos pequenos não é uma politica justa e defendo que o consumo humano seja a prioridade da nossa água que já é bem pouca”, disse Dauyzio que também participa o Movimento Faça Parte.