O ministro Dulce justificou a não presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não se encontrava no evento, pensado e programado por ele, por conta de uma agenda de última hora junto ao estado de Santa Catarina que sofre com o excesso de chuvas, no qual o governo liberou cerca de 1,5 milhão meio de reais.
Após a apresentação do relatório, o ministro Guido Mantega fez uma explanação sobre a atual crise financeira e os resultados positivos conquistados pelo plano econômico usado pelo governo Lula.
Segundo Mantega, o Brasil hoje ocupa uma posição confortável porque durante o governo Lula conseguiu fazer reservas e diminuir a dependência dos outros países no que se diz respeito a importação de produtos. O ministro ressaltou que antes o Brasil importava cerca de 68% dos produtos que consumia e hoje baixou essa dependência para 50%, redução que foi crucial para a sobrevivência do pais na atual crise financeira. Mantega falou ainda que os investimentos previstos para o Programa de Aceleração do Desenvolvimento (PAC) não vão sofrer nenhum tipo de modificação e que a presidência do Brasil no G20 afirma que a economia do país está cada vez mais forte.
Na seqüência a ministra Dilma iria falar, mas resolveu de última hora abrir a fala para as instituições e organizações sociais se manifestarem. A União Nacional dos Estudantes (UNE) falou sobre a necessidade de ampliar ainda mais os investimentos para a área social, acusou ainda que as falhas na economia era culpa do atual presidente do Banco Central, Henrique Meireles, e pediu sua demissão imediata. O Movimento dos Sem Terra (MST) fez a leitura de um manifesto contra o modelo da reforma agrária no país, o Movimento das Cidades (MC) solicitou um maior empenho do governo nos programas que facilitem acesso a moradia própria por famílias de baixa renda. Na seqüência o movimento negro falou dos esforços protagonizados pela Secretaria da Integridade Racial, que possui status de ministério e tem influenciado nas políticas dos ministérios com ações para otimizar a discriminação racial e na ampliação da historia negra junto aos livros didáticos utilizados nas escolas brasileiras e finalizando o momento o movimento de mulheres agradeceu ao governo pela ampliação das Leis que defendem mulheres e crianças da agressão domestica.
Durante o evento o município de Iguatu esteve representado por Karlos Rikáryo, que é Conselheiro Nacional de Juventude (Conjuve), da Rede Sou de Atitude e Instituto Elo Amigo-Ceará. Rikáryo ressaltou ser importante essa aproximação do governo federal junto à sociedade civil organizada, porque, segundo ele, antes não existia essa abertura de negociação e oportunidades por parte do governo. “Apesar do Brasil ainda não ser uma completa república, porque não consegue garantir todos os seus direitos, por precisar de muitas coisas, os dados apresentados pelo ministro Dulce, mostram que existe um crescimento e diminuição das desigualdades no Brasil, afirmando que estamos de certa forma no caminho certo”, comentou Rikáryo.
Fotos: Emerson Cesar - Força Sindical da Bahia