O semiárido Brasileiro enfrenta umas das maiores estiagens dos últimos anos. A falta de água da chuva impossibilita as diversas tecnologias de armazenamento de água de executarem seu papel principal, que é coletar a água da chuva e armazenar em cisternas de placa, açudes, tanques de pedra, barreiros trincheira entre outros. Com isso tecnologias simples como a BAP (Bomba d’ Água Popular) passam a ser a única fonte de água para comunidades mais distantes das sedes. É o caso da comunidade Lagoa, situada a poucos quilômetros de Acopiara-Ce.
A BAP Aproveita os poços tubulares desativados para extrair água subterrânea por meio de um equipamento manual, que contém uma roda volante. Quando girada, essa roda puxa grandes volumes de água, com pouco esforço físico. Pode ser instalada em poços de até 80 metros de profundidade. Nos poços de 40 m, chega a puxar até 1.000 litros de água em uma hora.
É uma tecnologia de uso comunitário, de baixo custo e fácil manuseio. Se bem cuidada, pode durar até 50 anos. A água da bomba tem vários usos: produzir alimentos, dar de beber aos animais e usar nos afazeres domésticos. Geralmente, cada bomba, beneficia 10 famílias.